Projeto VIVA +

terça-feira, 31 de julho de 2012

O SOL É DE TODOS.
Prezados amigos, o mundo está em constante mudança e transformação.  Até nós, nascemos com transformações, como vir à este mundo com transtornos bipolares entre outros.
Andei lendo um bocado sobre isso, com depoimentos de pacientes de um lado e do outro, os médicos (como psiquiatras).  Houve alguns pontos que foram até repetitivos nas literaturas que eu li, como por exemplo, o bipolar que têm acompanhamento médico e toma corretamente as medicações prescritas, podem levar uma vida tão normal quanto os outros.  Há também o que se acham curados e abandonam o tratamento por conta própria, sem orientação médica (o que é errado).
  Há uma série de controvérsias e dúvidas à respeito do TB, como por exemplo, como certificar-se de que o medicamento é mesmo o correto e o mais adequado ao seu quadro ?  Como saber (além dos efeitos colaterais) se a dosagem está quantitativamente dosada ?  Muitas vezes, achar o médico ideal, capaz de passar segurança ao paciente, quanto acertar no tratamento, mais parece uma loteria.
É preciso, contudo, relevar alguns pontos, antes de pensar em abandonar o médico e o tratamento (o que não é a atitude correta).   Sendo o transtorno bipolar um diagnóstico comum à muitas pessoas com o mesmo problema, a probabilidade de que seja peculiar à cada um, é muito grande, o que dificulta acertar de pronto, tanto o remédio quanto a dosagem.
Somente após inúmeras tentativas (sem sucesso) de troca de remédios ou de dosagens,  é que se pode pensar em trocar de médico (psiquiatra) ou pelo menos obter uma segunda opinião sobre a exatidão na prescrição, em função do seu diagnóstico.  Sugere-se que se faça uma nova anamnese (ou exames laboratoriais, conforme o caso), à fim de se certificar-se do diagnóstico e aumentar as chances de se indicar o medicamento ideal e certeiro para o seu caso.  Fale com clareza ao médico sobre os sintomas.
O que não se pode fazer em hipótese alguma é desistir e abandonar o tratamento e ainda querer ter uma vida normal.  As tentativas frustradas servem apenas como termômetro para saber que o médico ainda não acertou na indicação (e não razão de desespêro).  O paciente também pode ajudar no tratamento, aprendendo a conhecer melhor o problema que têm, prestando mais atenção nas suas reações, decorrentes da bipolaridade e em função também dos efeitos colaterais de cada medicamento que toma e à que horas, para discernir qual efeito colateral (positivo ou não) de cada remédio e em que momento eles ocorrem.  Isso pode ajudar o médico numa prescrição mais precisa.
O Sol é de todos.  Todos têm o direito de viver bem e ser feliz e ninguém pode ser privado disso, seja na vida social, familiar ou profissional.  Famílias têm que ajudar (pela manutenção da sua harmonia e afetividade), na busca por um bom profissional médico (psiquiatra) e também quanto a ajudar na manutenção do tratamento.  Evite embarcar junto com o bipolar na alteração de humor, respondendo-o na mesma intensidade.  Não revide nem deboche, ajam com calma e serenidade, pois as palavras do bipolar, bem como a forma de expressá-las são patológicas e não, ofensas pessoais.
Viver bem é Possível ! – Projeto Conscientizar
Amadeu Epifanio - Idealizador

sábado, 28 de julho de 2012

PERÍCIA ANIMAL

                Jorjão era um cara deficiente (obeso e neuropsiquiátrico), que fazia drama com as situações mais banais do nosso cotidiano, como cair em prantos com a morte da sua asquerosa (sua barata de estimação).   Sua mãe, que já conhecia bem suas psicoses, mal dava importância.
               Certa manhã, a mãe de Jorjão saiu cedo para fazer compras, pois não gostava de enfrentar filas, deixando Jorjão ainda dormindo.  Quando voltava para casa, percebeu uma aglomeração de pessoas em frente à sua casa e de cara, já desconfiando que tivesse algo à ver com seu filho.
               Uma das vizinhas veio correndo na direção de dona Geralda, gritando:
- Comadre, comadre, depressa, venha logo !!
- Calma mulher, o que é que houve ? (responde dona Geralda).
- Tá se ouvindo gritos lá de dentro da sua casa.
- Da minha casa ?  Que gritos ?
- Alguém lá dentro está chamando alguém de assassino.  Já chamei a polícia.
- Você fez o quê ?
- Chamei a polícia, houve uma morte lá dentro, criatura.

A vizinhança inteira na maior euforia, só querendo ver o circo pegar fogo, pra ter assunto para o resto do mês. Ninguém na rua sabia do problema mental do Jorjão, pois dona Geralda o mantinha dentro de casa, justamente para evitar problemas, pois já fora forçada à mudar de casa duas vezes, por causa dos ataques do Jorjão e é óbvio que ninguém, da nova vizinhança, ainda sabia disso, o que só fazia aumentar a falação.

Dona geralda despediu-se da vizinha que chamara a polícia e entrou.  Ao entrar, viu Jorjão deitado no chão, em prantos sobre o tapete e perguntou:

- O que houve agora filho ?
- mataram ela mãe, mataram ela. ( e caía aos prantos).

Quando dona Geralda chegou mais perto, viu do que se tratava.   Jorjão estava com a cara bem encima de uma barata morta e esmagada no chão, pisoteada por um “suposto assassino”.   Dona Geralda, desconcertada e envergonhada, tentava ensaiar alguma coisa para se desculpar com os policiais, pelo alarme falso.

Os policiais chegaram e foram logo chamando a moradora.  Antes que dona Geralda saísse completamente de casa, os dois policiais, de olhar soberbo, praticamente empurraram dona Geralda de volta pra dentro de casa e começaram a fazer uma série de perguntas e com o nariz todo empinado de soberba.  Dona Geralda, percebendo a arrogância, ficou na dela e não se preocupou mais em desmentir o dito assassinato.   De repente chega na sala, Jorjão, com o rosto em prantos e se dirige aos policiais:

- Vocês vão prender quem fez isso com ela, não vão ?
- Fique tranqüilo que vamos pôr o meliante na cadeia.
- Não senhor, eu quero quem fez isso com ela.
- É justamente do que eu estou falando.  Como era a vítima ?
- Uma barata.  (Responde dona Geralda).
- A senhora quer dizer como uma barata.
- Não senhor, uma barata mesmo.
- Entendi.  A senhora não devia gostar muito dela, não é mesmo ?
- Quem é que gosta de ter uma barata por perto ?


E continua o interrogatório...

- A senhora conhece alguém que tinha motivos para matá-la ?
- Claro ! todo mundo.
- Ela era tão ruim assim ?
- Asquerosa eu diria.
- Como ela vivia ?
- Pelos cantos.
- Tinha amigas, parentes ?
- Nossa !  quantos !
- Quando foi a última vês que à viu ?
- Olho para ela o tempo todo.
- Entendi, ela ainda está bem presente ainda.
- Pode se dizer que sim.  Vocês não querem vê-la ?
- Vamos deixar isso para a perícia.
- Tem certeza ?  pode não ser necessário.
- Minha senhora, temos de seguir um protocolo.  À propósito, a senhora poderia nos acompanhar até a delegacia ?
- Para quê ?
- Temos de fazer uma comunicação formal de um assassinato da dona... como era mesmo o nome dela ?
- Asquerosa (responde jorjão, soluçando).
- Minha senhora, preciso do nome verdadeiro dela.
- Barata tem nome ?  Meu filho chamava ela de asquerosa.
- O que ela era sua ? 
- Nada.
- E porque o seu filho era tão próximo dela ? Tanto que está até transtornado.
- É da natureza dele, desde que nasceu.
- Onde está mesmo o corpo dela ?
- O senhor não vai acreditar. (o policial estava quase pisando nela).
- Bom, precisamos ir à delegacia fazer a ocorrência. 
- Por causa de uma barata ?
- Minha senhora, por mais repugnante ou asqueroso, que seja alguém, precisamos notificar o seu desaparecimento ou sua morte.
- A senhora têm os documentos da vítima ? alguma identificação ?
- Seu policial, pra mim, era como se ela não existisse.  Como vou ter algum pertence dela ?
- Ela não portava nada consigo ?
- Sómente aquela aparência asquerosa e repugnante.
- Minha senhora, tenha paciência, logo a senhora se livrará de vês dela.
- É o que o senhor pensa.  Longo, os parentes dela estarão por perto.
- Qual a relação do seu filho com a vítima ?
- Passatempo, distração.
- Bom senhora, nós vamos andando.  A senhora vai nos acompanhar ?
- É realmente necessário ?
- Já disse, precisamos registrar a ocorrência.
- Mas vocês nunca fizeram isso com os parentes dela que já morreram...
- Provavelmente por que não houve denúncia e sabe-se lá onde deixaram o corpo.
- Onde mais ?  No meio da rua.
- Não creio que as pessoas sejam tão insensíveis. (responde o policial).
- Pode apostar que são.  Matam, largam alí mesmo e vão embora. Eu já vi muitos fazerem isso.
 - E porque não denunciou ?
- Pra quê ?  São tão insignificantes.  Aposto que até o senhor teria coragem de fazer o mesmo.
- Está enganada.  Nunca, jamais faria uma coisa dessas. (afirma o policial com toda convicção)
- Policial, estamos falando de uma barata.
- É impressionante a forma como a senhora retrata a vítima.
- Quer dizer então que o senhor jamais mataria uma barata ?!
- A senhora comporte-se ou terei de prendê-la por desacato.
- Por causa de uma barata.
- Agora já chega.  Eu vou ficar lá fora esperando a perícia.
- Já posso me livrar dela ?
- Não mexa na vítima em hipótese alguma.  (Responde gritando o policial). 

De repente uma barata cruza o caminho do policial que pisa e esmaga sem dó nem piedade.

- O senhor não me disse que jamais faria isso ?  Pergunta dona Geralda indignada.
- Mas é apenas uma barata.
- É ?  E o que é isso que está no meu tapete esmagado, que o senhor está querendo até chamar a perícia para descobrir quem matou ?  Aproveita, chama o rabecão e diz que agora são duas.


                                                                                                                      Amadeu Epifânio


sexta-feira, 27 de julho de 2012

AS OPORTUNIDADES DE SERMOS MELHORES.

Estava revendo cenas do filme “O Todo Poderoso II”, na cena em que “Deus” (interpretado pelo ator Morgan Freeman) fala das oportunidades.  Estava analisando aquelas palavras e, apesar de ser apenas um filme, as palavras têm fundamento, se pararmos para pensar um pouco.

Desde que nascemos é comum e normal acreditarmos num mundo perfeito, à começar pela nossa família, quanto à esperar dela tudo que achamos que nos é de direito receber, como amor, afeto, uma conversa amorosa, alguns conselhos, um beijo gostoso de boa noite, uma manifestação recíproca de orgulho, entre muitas outras coisas.

Da mesma forma desejamos e esperamos também do mundo, das pessoas, do comerciante, do motorista do ônibus, do táxi, do porteiro, do síndico e de tantos outros.  Mas o que acontece quando nossas expectativa não são correspondidas ?  Dá um nó no cérebro não é verdade ?  Parece que o mundo desmorona sobre nós.  Um sentimento enorme de frustração toma conta, nos deixando com o pensamento perdido e desamparado.

Nessa hora, vale tudo que fizemos e assimilamos até o momento, para conter o que estamos sentindo e, às vezes, tudo parece ser tão pouco, quase nada, porque a principal das lições, nós (ainda) não aprendemos: o de aprender com as quedas.  Lições dura da escola da vida, proporcional quem sabe, ao tamanho do nosso orgulho e teimosia.

O filme acima nos fala de oportunidades, que nem sempre são eventos que surge e se vão da nossa vida, sem que tenhamos tido tempo de aprender com eles. Apenas observamos, reagimos, sofremos, nos aborrecemos, mas depois passa, como uma tromba d’água.  Outras oportunidades vêm e ficam por um bom tempo, talvez a vida toda, como nossos filhos.

Uma palavra que me vêm à mente, quando o universo não concorre na mesma proporção que minhas expectativas é adaptabilidade.  Se o sofá não passa pela porta de um jeito, temos de tentar de outro jeito.  Se a vida não é como eu penso, então eu tenho que me virar para me adaptar à ela.  "Me virar" não significa ser do jeito que a vida me impõe, mas do jeito que me permita continuar vivendo, sem corromper os valores que eu acredito.

Adversidades são oportunidades que nos fazem amadurecer e que nos dão lições  para enfrentar  e aprender com novas oportunidades.  Nossos filhos são oportunidades que nos fazem cumprir o papel de Deus para conosco e que me faz enxergar a vida sob dois ângulos, como filho que sempre fui e agora como pai, cuja missão é ensinar um novo ser, para que quando crescer, tenha ele a mesma concepção, de que oportunidades são lições práticas, da teoria que passamos à eles a vida toda e, quem não aprende, se reprova.

Oportunidades não duram pra sempre, mas suas lições têm que ser pra vida toda.


                                                 Amadeu Epifânio

Projeto VIVA+  Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.

Somos pelo o que somos.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

DESAPARECIMENTO DE CRIANÇAS E JOVENS II – Para onde eles vão ?


                       Eu fico realmente perplexo com o desaparecimento de tantas crianças e jovens.  Quando o assunto são os jovens, geralmente está relacionado com namorados, rompimentos de namoros, dívida com traficantes, entre outros.  Já com as crianças, as causas podem estar ligadas à 3 (três) fatores, quais sejam:  Problemas de separação litigiosa, onde um dos cônjuges chega até a seqüestrar a criança para morar consigo (geralmente os pais). 

                      Outra razão está relacionada à quadrilhas especializadas em adoção internacional, quando roubam crianças brasileiras e às levam para o exterior e às vendem para famílias de bom poder aquisitivo.

O terceiro fator é ainda mais grave e está relacionado com a venda de órgãos.  As vítimas são sempre de jovens pra baixo, isto é, crianças.  Infelizmente essa prática ocorre em quase todo mundo, num verdadeiro mercado aberto de órgãos entre países que vendem os órgãos (como de presos executados) e outros que compram, como o Estados Unidos entre outros.
Com relação aos desaparecimentos de crianças por quadrilhas  de adoção, elas precisariam sair do país pelo ar, através dos nossos aeroportos, passando bem debaixo das barbas da polícia federal brasileira e também por nossas fronteiras. 
Será que existem fotos das crianças desaparecidas fixadas nos aeroportos, com suas respectivas qualificações ?  Até que ponto a polícia dos aeroportos abordam supostas “famílias” para conferir se a criança que está com elas pertencem realmente à elas ?   Como garantir que os documentos de permissão ou autorização de juizados de menores não são falsificados para facilitar o embarque dessas crianças, sem serem importunados pela alfândega ?  Vale lembrar que essas crianças estão sendo coagidas e ameaçadas de alguma forma, para se portarem durante o embarque.
É sabido que essas quadrilhas costumam observar os hábitos das famílias cujo os filhos são alvos para o furto e seqüestro, para serem extraditadas ilegalmente para o exterior.  Portanto, cabe às famílias, principalmente às de baixa renda, estarem mais próximo das crianças, não deixando inclusive que saiam na rua sozinhas, seja para brincar ou para fazer compras, mesmo que o mercado ou a padaria sejam próximos de casa.  Essas quadrilhas aproveitam qualquer deslize; basta a criança estar sozinha por alguns minutos e pronto, nunca mais verá o filho novamente.
É preciso um reforço na fiscalização das nossas fronteiras e principalmente nos aeroportos e rodoviárias do país, com instrumentos que denunciem a falsidade dos documentos (das crianças) apresentados no momento do embarque.  Se possível, fazer uma entrevista pessoal e individual apenas com a criança, para se certificar de que os adultos são mesmo seus parentes ou não.  Ônibus interestaduais podem estar sendo utilizados para irem à aeroportos com vigilância mais branda (o que não é muito difícil).
Os desaparecimentos de crianças chegam à 40 mil por ano e muito pouco ou nada está sendo feito para conter este quadro.   Enquanto isso, o melhor à ser feito é aumentar a vigilância sobre as crianças e sobre estranhos rondando a "área".

Amadeu Epifânio

Projeto Conscientizar

Somos pelo o que somos.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Quais as prováveis causas da dependência alcoólica ?

                        A causa pode ser psicológica e involuntária. Em meu artigo (em meu blog), chamado "Psicoemocional - Nossa batalha interior", retrata bem essa questão. O ser humano não nasceu pra viver sozinho; o ser humano é um ser social, precisa estar com outras pessoas. Ele é também um ser carente (característica essa colocada em, nós por Deus, para nos manter próximo dÊle, mas a idéia não vingou, porque o ser humano pensa que pode ser socialmente independente. 
 Pois bem, a carência existe e precisa ser compensada, sendo que esta compensação está proporcionalmente ligada à forma de vida de cada pessoa, seu temperamento, comportamento, relacionamentos, locais e pessoas que freqüenta e convive, respectivamente. Todas essas informações estão contidas na mente e sendo constantemente processadas e o resultado dessa média aritmética é devolvido à consciência sempre em momentos em que decisões são tomadas, das mais simples às mais complexas.
A freqüência com que o álcool fará parte do universo desta pessoa, como ingrediente "cativo" em tudo que a mente processa e, somado à outras características que são peculiares de cada pessoa, este hábito de beber poderá ser involuntariamente constante, ao mesmo tempo que a pessoa venha a considerar como sendo hábito normal de final de semana.
Sem perceber, a freqüência do hábito vai se estreitando em vezes por semana, até tornar-se diário, que é quando se desencadeia a dependência.  Atitudes repetitivas tendem a ser padrão de comportamento no senso de recompensa, formado pela média aritmética do comportamento habitual, ou seja, no começo, foi com a turma, depois, com poucos amigos, depois finalmente...sozinho e todo dia.
A manifestação neurológica, de fato, não tenho conhecimento, porém, acredito que em decorrência da constância de certos hábitos, algo com certeza irá propiciar ou concorrer para o desenvolvimento da doença, isto é, da dependência.  Da mesma forma que hábitos que não se constituem em rotina, o risco de incorrer numa dependência é praticamente zero, com exceção apenas da cocaína e do crack, onde uma pequena porção ou pedra causa dependência imediata.
Esse argumento, relativo ao alcoolismo, não é válido para dependentes de drogas em geral, visto que, para tornar-se dependente químico, não é necessário haver constância de hábitos de consumo, onde uma pequena experimentação já pode levá-lo à desenvolver dependência, dependendo, além da droga, do aspecto psicoemocional de cada usuário.

Baixa auto-estima, insegurança ou instabilidade emocional (casual ou prolongada), podem levar uma pessoa a desenvolver hábitos contínuos com tabagismo e/ou com o álcool, podendo finalmente levá-lo à dependência, se o hábito não cessar.

                                                                                   Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !
Somos...pelo o que somos.

EDUCAÇÃO QUE FALHA – OS FILHOS NAUFRAGA.
Não chega à ser um provérbio, mas ainda sim é uma realidade.  Educação têm sido um enigma à ser desvendado por muitos pais, que cortam um dobrado para manter os filhos encima dos trilhos.  A sensação é que todo dia surge um desafio novo, imposto por eles, diante de um mundo cada vez mais confuso, sem um referencial certo à seguir, acreditando e torcendo que o seu seja o melhor para a sua família.
Num mundo de atrativos tão diversificados, a educação encontra seu primeiro paradoxo, ou seja, deixar que os filhos usufruam de tantos entretenimentos, inclusive tecnológicos, ao mesmo tempo que eles irão, gradativamente, promover o distanciamento dos filhos com os pais, enquanto estes continuarão a acreditar que, enquanto fornecem, estão comprando a atenção deles, o que a realidade um dia mostrará de forma crua, que você esteve justamente fazendo o contrário.
Filhos sempre nascem curiosos, carentes e indisciplinados.  Uma mistura perigosa que irá requerer desde cedo um monitoramento próximo por parte dos pais.  O primeiro grande desafio é a disciplina.  Mostrar e deixar claro que existe alguém que é mais forte ela (a criança) e que os desejos e as vontades terão de esperar o tempo oportuno para que sejam atendidas.    O próximo passo é ajudá-las a tomarem as próprias decisões, decidindo o que é melhor no momento.
Mentir, inventar ou fazer promessas para o futuro, só retarda o amadurecimento e incentiva a rebeldia, quando determinada vontade não for satisfeita.  Haja sempre com a verdade.  Não sinta vergonha de dizer que está duro ou a falta de coragem de dizer “não”.    Mostre aos filhos quanto têm para gastar e mande eles mesmos escolher o presente ou uma roupa, dentro daquele limite.  Os pais podem ajudar, orientando quanto a riscos, perigos ou baixa qualidade na escolha deles. 
Não exponha todos os brinquedos à disposição deles para brincar.  Guarde, esconda alguns que, entre aqueles que sobrarem, a criatividade ajudará a manter o interesse por mais tempo do que seria o normal, se estivessem com todos eles à disposição, cansando-se muito rápido e de uma vez só. 
Deixe os filhos fazer parte da realidade dos pais.  Quando ordenar, justifique com a verdade e não espere que eles “achem” que vocês gostam deles;   expresse, exponha, se abra, mas sem cobranças.     Tudo que eles precisam é de harmonia, segurança e estabilidade emocional, para afastá-los das drogas.  Não importa o padrão de vida, isso não custa dinheiro e está ao alcance de qualquer família. Acredite.
                                                                         Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !     
Os filhos são...pelo o que somos.               

segunda-feira, 23 de julho de 2012

CRIMINALIZAR O BULLYING  -  É a melhor solução ?

                        O grupo que está escrevendo o novo Código Penal Brasileiro, está propondo, entre tantos pontos polêmicos, a criminalização da prática do Bullying, determinando pena de 1 a 4 anos para o agressor (como se isso fosse resolver o problema).

Criminalizar o Bullying é criminalizar quem o pratica e torná-lo ainda pior do que já está, tendo em vista que não existe neste país (por mais modesta que seja) alguma proposta de ressocialização para jovens infratores.  Eles ficam apenas confinados em celas minúsculas, dividindo espaço com mais 6 ou 8 detentos.  Pode-se imaginar a conversa de botequim que rola entre eles.

É realmente muito cômodo e prático, para o Estado, ficar apenas construindo reformatórios e sem nenhuma estrutura condizente com o que conhecemos por digno, seja para ressocializar ou pelo menos que sirva para não manter as mesmas idéias destrutivas ou vingativas.

É difícil imaginar que alguém, no seu estado normal, seja capaz de cometer agressões contra outras pessoas, por mero prazer.  “Ninguém faz nada se não em razão de algo que o motive”.   O que à princípio pode nos parecer obstáculo intransponível, ou seja, a postura de um praticante de bullying ou as razões que o leva à isso, pode ser usado à nosso favor para solucionar esse mistério e entregar o problema pra quem o criou (à princípio), ou seja, os pais e a família.

Primeiro lugar deve-se substituir a expressão “criminalizar” por “penalizar”, atribuindo aos pais a punição e dever de tratar o filho problemático com terapia, psicólogo ou psiquiatra que seja (para continuar freqüentando a escola).  Escola ou professor não tem obrigação de cuidar do filho dos outros ou ter que aturar (sem causar constrangimento), comportamentos antiéticos que atrapalhe ou impeça o trabalho letivo e a concentração dos alunos.

Quem pratica o Bullying precisa tanto de ajuda quanto quem sofre e ambos precisam de ajuda psicológica.   Se existe a prática do Bullying é porque o problema do jovem, quando surgiu, nem de longe foi resolvido ou solucionado.  Nem se quer se tentou resolver, agravando ainda mais o problema, chegando ao ponto que chegou: quase irreversível. (é possível mudar).

O primeiro obstáculo à ser resolvido é o do preconceito, da criminalização da sociedade, mais social do que penal.  Com certeza um grande obstáculo.   Não estou defendendo os que praticam bullying.  Eles é que são o elo mais fraco dessa corrente, pois quem sofre, sofre as conseqüências de quem já sofreu à muito mais tempo (sem querer desmerecer o sofrimento e o trauma dos que já viveram essa amarga experiência).

Vamos pôr a mão na consciência e encarar o problema como deve ser encarado e fazer pressão para que o Bullying não seja criminalizado, pois vai pôr ainda mais lenha nessa grande fogueira, quase um incêndio sem controle.

Quem pratica Bullying está desorientado, não pensa em estudar, só tumultuar;  está também sem perspectivas e sem referência e a escola está longe de preencher essa lacuna.  É preciso uma Supernanny que saiba promover a paz entre o aluno problemático e seus pais, à ser imposto pela escola ou pelo estado (inclusive os honorários), para a continuidade e permanência do aluno na escola.  Uma medida que trará melhoria para ex-agressor, para a escola e paz para os alunos.

                                                                                          Amadeu  Epifânio
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Viver bem é Possível ! – Projeto Conscientizar
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