“-EU SEI O QUE ESTOU FAZENDO !”
Essa parece ser ainda, a melhor
justificativa para as burradas inconseqüentes (aquelas que costumamos não nos
arrepender). E olha que o céu é o limite
nesses casos, pois quando se está decidido(a) à tomar certa atitude, não há
nada nem ninguém capaz de impedir.
Depois, quando a ficha cai, aí todo mundo é culpado por não ter avisado.
A
impaciência também têm sido outro algóz do ser humano e causa também de muitas
tragédias. Sempre com pressa de ver
resolvido seus problemas, conflitos e angústias, o ser humano faz de tudo. Troca de médico, de igreja, religião; mente e
omite conforme a conveniência; troca de casa, de carro e até de mulher. Tudo em nome da falsa sensação de achar que
está no controle da situação, da sua vida e principalmente do seu controle
emocional.
O
homem (incluindo o sexo oposto, evidente), via de regra, não decide,
experimenta a decisão para ver se trará o resultado esperado; em nome da pressa
e também da preguiça para raciocinar, para dar tempo à mente para ajudá-lo. E quanto maior a ansiedade, o medo, a
angústia, mas desastrosa é a decisão e conseqüentemente mais trágico o
resultado final.
Fazendo
o que acha que é certo, o homem mata, chantageia, humilha, maltrata, agride,
ofende, violenta mulher, criança e idoso; experimenta drogas, bebe
compulsivamente, pratica bullying, pancadarias e muito mais. Em nome do que acha que é certo, o certo, é o
que menos se faz. Em nome da falsa
certeza, se certifica que humilhar, enganar e mentir, é o mais certo à fazer.
Quantas
vidas foram perdidas, porque tiveram a certeza de que estavam certos no que
estavam fazendo; na estrada, na ultrapassagem, no racha, num trote, brincando
com arma de fogo.
“-Eu
sei o que estou fazendo !”. E faz a
maior burrada da vida e que muitas vezes o caminho de volta é longo e penoso,
como na dependência de um crack ou de cocaína ou no longo calvário do
alcoolismo, do jogo e das corridas de cavalos.
Pessoas que torram todo dinheiro que ganham, apostando na continuidade
de uma vida vazia, sem graça, sempre apostando na melhora.
Certeza
? Não existe. Nem os filósofos gregos eram tão categóricos,
pois acreditavam que através da retórica, da reflexão, se aprendia muito mais
do que tendo certeza; porque a certeza inibe, bloqueia o raciocínio; as pessoas
param de pensar e agem com o resto de raciocínio medíocre que lhe sobrou e com
ele juram que acreditam que estão fazendo o que é certo.
Somos pelo o que somos. Isso é uma certeza, em qualquer circunstância.
Amadeu Epifânio
Viver bem é Possível ! –
Projeto Conscientizar