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sábado, 29 de junho de 2013

ALUNOS DESINTERESSADOS – Porque acontece ?


Já não é de hoje a luta de professores (quando não da direção da escola) para manter o interesse dos alunos nas aulas.  O pior é que são em maioria, tornando o desafio ainda mais difícil, com o agravante de não ter, sempre, a colaboração dos pais. 

O que fazer então para tentar ensinar quem não está interessado em aprender ?

Estamos falando de jovens (crianças adultas), com idade entre 12 à 16/17 anos.  Uma fase crítica em que as escolas pouco podem fazer, à não ser intervir, solicitando aos pais que conversem com os filhos e restabeleça com eles o grau de confiança mútua, uma vês que, se os filhos estão com dificuldades na escola e nos estudos (salvo problemas que demandam a necessidade de acompanhamento médico ou psicológico), via de regra é por alguma forma de instabilidade emocional no lar, que gera insegurança, suficiente para distraí-los de um foco com igual relevância, como é o caso da escola e os estudos.

É preciso que tenham gosto ou prazer de ir à escola, o que, do contrário, já serviria de termômetro para os pais saber que algo está errado com os filhos.  Muitas são as variáveis, de causas que podem estar dentro ou fora de casa, como os casos provenientes de bullying, rejeição, discriminação ou preconceito por parte dos demais colegas.

Harmonia familiar, que gera prazer de estar com os pais, é um ótimo remédio para manter vivo a motivação de estudar, pois se está feliz é porque tudo está à contendo.  O contrário é que é perigoso, pois eles podem tanto perder o estímulo de estudar como também a confiança nos pais e, ganhar de novo a confiança dos filhos é uma tarefa árdua, de muita persistência e determinação.

Quando existe um grupo em sala de aula, em plena conversa, geralmente é sempre um que conduz e os outros vão atrás.  É aconselhável manter este grupo disperso, reconhecer o “líder” e chamá-lo para uma conversa (e não para um sermão) e identificar as causas do desinteresse dele pela aula.  O professor (ou professora) deve estar preparado para ouvir (se for o caso) que a sua aula é “chata” e só depois questionar o porque.

 “Ninguém faz nada se não em razão de algo que o motive”.  Desinteresse de aluno não é gratuito.  Só investigando os motivos se chega à causa e, quando necessário, chama-se os pais para alertá-los de um quadro ainda pior (como o risco do acesso às drogas, prática de bullying, entre outros).  Há ainda os casos de brigas corporais e rivalidades entre alunos (mecanismos de defesa que já descamba para instinto de sobrevivência), o que os deixa ainda mais sensíveis e agressivos, pois já perderam a perspectiva de verem suas vidas melhorar, então... estudar pra quê ?  Não conseguem ver nos estudos a melhor alternativa para melhorarem de vida.  Alguém precisa lembrá-los, redirecioná-los e trazê-los de volta.

Na teoria do liquidificador, esses alunos não têm muito para acrescentar e tornar o sabor da sua vida menos amarga.  Vale, nessas horas, um profissional terapeuta dentro dessas escolas, intermediando conflitos e despertando neles, novos focos, interesses e perspectivas (já que neles os valores familiares se encontram praticamente falidos).   Pode não ser tarefa fácil, mas se nunca começar, é um problema que só terá início, sem nenhuma chance de se ter um fim.  

Tudo que eles (e os jovens em geral) querem, é serem ouvidos e valorizados, a hora que alguém se predispuser à fazê-lo, já se terá dado um grande passo para a solução. 


Amadeu Epifânio


Projeto Conscientizar – Somos pelo o que somos.

Viver bem é Possível !

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sábado, 22 de junho de 2013

DEPRESSÃO (III) – SOZINHA OU COM UMA “FORCINHA” ELA SEMPRE CHEGA.


Depressão é como aquele parente distante e indesejável, que quando chega, se instala e ninguém sabe como mandá-lo embora.  Nos primeiros artigos sobre o tema, foi dito que as causas são bem variadas, enquanto que as razões são individuais e peculiares, mais parecendo senha de cofre de banco que, depois que fecha, não há quem abra.

Depressão pode vir sozinha ou com a ajuda de um velho conhecido: o stress, mais especificamente o stress emocional, que muitas vezes sai mais caro que o físico, pois este, ainda que intenso, se recupera.  Já com o stress emocional, difícil atingir novamente o estado de normalidade, uma vês que a tendência dele é sempre acumular.

Ao longo da vida, desde criança, passamos por diversos tipos de experiências emocionais e as mais diversas formas de sentimentos recorrentes, pequenos, médios e de grande intensidade;  aborrecimentos, perdas de natureza sentimental ou material, decepção ou frustrações com pessoas próximas, muito próximas (quando capazes de desestabilizar o estado emocional de uma pessoa).  

As experiências absorvidas ao longo da vida, não são expurgadas da memória só porque ficaram no esquecimento ou porque tiveram seu momento de reconciliação.  Elas tendem à ficar guardadas no inconsciente como um “referencial de alerta”, que será lembrado (como mecanismo de defesa) à fim de se evitar um novo episódio semelhante.  O problema é que o armazenamento não tem limite e acaba tornando-se um verdadeiro depósito de experiências amargas e negativas que vivenciamos ao longo da vida.

De acordo com a característica de cada ser humano, essas experiências podem ter dois destinos:  Ou ficam onde estão e continuam se acumulando ou ganham mais espaço, de forma que o seu conteúdo não faça pressão sobre o corpo que o abriga.  Este ganho de espaço se adquiri quando se trabalha a tolerância, a fé, o discernimento, otimismo e foco em atividades constantes que envolvam prazer.   

Para aqueles que não trabalham essas virtudes, resta-lhes conviver com o peso das experiências, fazendo pressão interna sobre os atos externos e conscientes, gerando um cansaço mental acima do normal para as atividades normais que a pessoa desenvolve.  Com o tempo, o esgotamento físico chega mais rápido e o stress emocional aumenta sem se dar conta. Mais algumas semanas, o nível de tolerância começa a baixar, as atividades cotidianas começam a perder interesse.  A pessoa começa a reduzir a agenda de trabalho e de compromissos, inclusive os sociais.  Aqui também pode iniciar a depressão por stress.

A depressão é quando a pessoa se depara com um dado problema, repentino ou que já leva algum tempo, à princípio de natureza insolúvel à médio ou longo prazo que,  quando somado com o stress que já carrega, a possibilidade de ver resolvido seu conflito interno... vai à zero, por lhe faltar forças (sem saber porque) para enfrentar o problema de frente, seja ele qual for ou por causa de quem for.  É a depressão com causa específica, não compartilhada.  Na maioria dos casos, o depressivo não divide o que está sentindo.

  Às vezes a razão nem é tão forte ou tão grave, mas que somado ao stress existente, ganha ares de peso, como quem arrasta correntes pesadas, etc.  Como desgraça pouca é bobagem, precisa ainda, ter que contar com a falta de consideração e de relevância dos familiares em relação ao que está sentindo, perdendo neles uma confiança primordial, que tanto precisará para sair da depressão, quando vierem rogar para que reaja.

Tanto na depressão quanto na dependência química, é preciso que o doente tenha ou adquira confiança naqueles que pedem para reagir ou se tratar.  Se quem pede já estava com a sua imagem “arranhada” diante do depressivo ou do dependente químico, antes das respectivas “doenças”, com certeza não será com eles que se motivarão à se tratar.  Terá que ser, ou uma pessoa que o doente (químico ou depressivo) já gostava muito ou outra pessoa que passe à eles à segurança que eles precisam para sair da sua inércia, que ainda sim não será da noite pro dia, em ambos os casos.
É um trabalho que envolve paciência e respeito para com o momento que o depressivo ou dependente esteja passando; no depressivo é o chegar devagar, “pisar em ovos”, sentir nele(a) um possível interesse ou desinteresse por determinadas coisas, pessoas, programas de TV, de rádio, etc.   No dependente é lembrar de fatos que ele (ou ela) já tenha conquistado ou que ansiava muito obter, seguidos da expressão: “-Se quiser ter de volta o que perdeu ou conquistar o que tanto queria...você sabe o que tem que fazer”.

Muitas vezes o mais importante não é o que se diz, mas COMO se diz.  Para quem sofre, a última coisa de que ele precisa é de demagogia.  Colocado da forma acima para um dependente, quem escuta não é ele e sim o que está cativo na prisão da droga, fazendo com que use o que lhe resta de razão, para lutar por sua liberdade.  Acredite.

 Converse com Deus, se apresenta à Êle, exponha todo o problema e verá que logo (e aos poucos) seus problemas começarão à dar sinais de melhora.  Não desanime.  Tenha Fé.


Viver bem é Possível !  - Projeto Conscientizar


Amadeu Epifânio - Idealizador 


Somos pelo o que somos.



quarta-feira, 19 de junho de 2013

A MENTE – A MAIOR ARMADILHA DE TODAS. (Efesto - Fúria de Titãs II)


Em meus últimos artigos, venho falando nessa figura inusitada acima, que é um retrato da nossa mente, um raios X do seu sistema operacional e que, como diz o deus efesto (no filme fúria de titãs II), “-a maior armadilha de todas”.  Armadilha, porque cremos (inocentemente) que somos detentores de nossas decisões e atitudes.  Jura ?

São dois os ingredientes principais, de ampla complexidade que misturados, irão compor os subsídios para a nossa tomada (inconsciente) de decisão.  Um ingrediente somos nós: eu, você e tudo que nos diz respeito.  O outro é a vida, com tudo que ela “te joga e oferece”.  Ambos se misturam na mente, processando mil informações que nos fornecerão (numa forma de média aritmética) um certo resultado num dado momento.

De ações mais simples às mais complexas (como um cálculo de engenharia por exemplo), tudo é resultado dessa mistura, assim como também é resultado amargo, alguns problemas psicológicos pelos quais os jovens vivenciam, como anorexia, bulimia, Bullying, drogas, depressão, ideação suicida e até sua consumação.

É possível reverter um quadro ruim ou negativo da nossa vida e, se me permite dizer, se chegou à este quadro, é porque apenas um dos lados prevaleceu, sem algum contrapeso substancial nessa balança.  Quando fazemos uma vitamina, fazemos dois tipos de escolha, qual seja, as frutas que farão parte dela e também a qualidade delas, isto é, nem verde ou maduro demais, para não comprometer o sabor final.  Não é assim ?

Também na vida, podemos (e devemos) fazer escolhas, para tornar o sabor das nossas misturas (que são as nossas respostas), mais agradáveis ou menos ruins.  Os ingredientes da vida estão sempre entrando, nunca param, através dos nossos sentidos de percepção e mesmo assim ainda podem ser selecionados, escolhendo companhias e lugares, agradáveis de conviver e frequentar; um pouco de Deus também melhora muito nossas respostas; ter boa convivência familiar, bons relacionamentos, aprender com os erros, com as dificuldades e nunca, nunca achar que já sabe de tudo.

Todas nossas reações, física e emocionais, são sempre resultado aritmético dessa mistura, assim como as drogas (ingrediente assíduo) e que podemos deixá-lo sempre lá no “fundo do copo”, se colocarmos do nosso lado, três ingredientes essenciais:  Tolerância; 3 (três) focos em atividades saudáveis e/ou culturais;  pelo menos uma atividade que envolva prazer, que seja prazeroso fazer.  Nossa mente trabalha com o que é prazeroso, para oferecer-lhe em momentos de desconforto emocional, como músicas que gostamos, atividades esportivas, programas de televisão, estudos, namoros, etc. 

É quando não se tem essas opções prazerosas, que a mente vai em busca (fora de nós), de coisas que causam prazer, proporcional à intensidade da dor que esteja sentindo ou sofrendo que, se for intenso, a resposta também será e, nesses casos, a droga costuma ser sempre a melhor opção.  Uma parte de você, que administra suas emoções, não pensa em consequências, apenas quer te satisfazer e ele fará isso com o que encontrar, primeiramente dentro de você, depois do lado de fora(...).


Aprenda a fazer boa seleção dos “frutos” que você espera ter como resposta.

  
Nas cracolândias da vida e até na vida de artistas famosos e internacionais, que tiveram a droga como um amargo resultado, acreditaram tanto que tinham a vida em suas mãos, que se voltaram somente para os atrativos dela, deixando suas próprias vidas, vazias, sem nada pra por na mistura, sendo levados por uma correnteza que não puderam controlar, até se perderem, nesta e desta vida.

Existe também uma infinidade de pessoas, cometendo erros hediondos, todos resultados de ingredientes que nem se quer foram misturados e sim, relevados na íntegra, sem conceitos, regras, ética, moral, compaixão ou civilidade.  Ao contrário do que se imagina, quem errou, não foi por escolha;  quem morreu, não escolheu morrer;  quem sabe viver, este sim, faz suas escolhas e tem sempre, a vida como resposta.

Discernimento, compreensão, respeito, afeto, dedicação, amor, solidariedade, caridade, fé, entendimento, “adoçantes” imprescindíveis para respostas saudáveis.  Nosso “liquidificador” é bom, mas se fizermos a nossa parte, ele durará muito mais.


Amadeu Epifânio


Somos pelo o que somos.   


                           

segunda-feira, 10 de junho de 2013

DEPRESSÃO – Energia centrada apenas no pessimismo.



Olá.  Cheguei à mencionar no primeiro artigo sobre depressão, que eu falaria mais sobre as causas da depressão e os seus sintomas.  Bem, está mais fácil falar sobre os sintomas do que especificamente sobre causas, simplesmente porque as causas são únicas e peculiares à cada pessoa com depressão e que nem mesmo elas saberia explicar como começou e como se deu conta que já estava depressiva.

Seja como for, a depressão, assim como o câncer, é uma doença silenciosa, onde não se sabe o começo e nem onde ela vai dar, porém, à julgar pelos sintomas (alguns de natureza grave, como perda de energia, isolamento social, crises de choro, sentimentos de culpa, desesperos, insônia, perda de apetite, entre outros) não é difícil pressupor a possibilidade de se chegar à ideação suicida, se não tratado em tempo hábil.

Em Abril, cheguei a postar um artigo aqui no blog, justamente sobre energia e como canalizá-la de maneira racional, uma vês que trata-se de uma força que temos dentro de nós, responsável por impulsionar nossos projetos e até sonhos, até a sua realização.  Por outro lado, essa energia, quando não aproveitada, ela tende à se alojar justamente onde o nosso pensamento está mais centrado, isto é, numa tristeza momentânea, uma ansiedade ou angústia, enfim, qualquer um desses sentimentos, ainda que por pequenas razões, e com intenções de se levar apenas algumas semana, acaba tornando-se um longo calvário.

Não importa o quanto se sofra por uma dor, principalmente às do “coração”, como a saudade de alguém que nos deixou num enorme vazio; tenha pelo menos algo mais para se preocupar, como um foco ou algo que lhe dava prazer antes do irremediável sinistro.  Este outro foco, ainda que correndo junto com a dor, pode mantê-lo distante de uma depressão ou ainda que fique depressivo, não haverá de mantê-lo(a) ou por muito tempo ou não tão profundo.  Quanto mais focos ou atividades de prazer tiver, tanto melhor, uma vês que a energia estará mais distribuída, ao invés de centrada apenas na dor.

São muitos os sintomas decorrentes de uma depressão, porém cada uma delas  ligada especificamente à uma causa particular de alguém especial, que viveu um momento especial e que agora vive o que sobrou de sua expectativa frustrada.  Não se pode condenar alguém por estar depressivo, mas se pode ajudar de maneira solidária e afetuosa, relembrando fatos e momentos que traziam alegrias, boas lembranças e até um estado de felicidade ou prazer, os quais serão de grande ajuda numa hora como essa, de forma paralela, sem a necessidade interromper nenhuma medicação em andamento.

Uma pessoa depressiva, em geral pode apresentar dois comportamentos de caráter silencioso: ou mostra-se à parte do que acontece à sua volta ou o contrário, observa mas sem demonstrar reação ao que acontece, mergulhado apenas em sua dor.  As lembranças (quando há), servem para atrair a atenção do depressivo para prazeres que ele deixou para trás, ao dedicar demasiada atenção (e energia) aos problemas ou à sua dor, que pode estar relacionado à um problema específico ou à uma determinada pessoa.

Não force ou exija resultado imediato ao expor as lembranças, elas devem ser apenas expostas e deixar que ao menos a mente do depressivo veja, aceite a sugestão e ofereça ao corpo que o abriga (ao senso de recompensa), como uma nova opção de prazer, em troca do prazer do isolamento.  Lembre-se que a lembrança é relevante apenas para o depressivo, dependendo apenas deste, sua aceitação.

Quanto mais lembranças e eventos prazerosos, melhor, mas oferecidos com calma, expostos à frente do depressivo e deixado lá, de poucos minutos à algumas horas e substituídos à cada dia, sem pressa, percebendo nessa hora, se existe por parte do depressivo, alguma manifestação ou interesse em manter o objeto ali presente.  Se não sabe o motivo da depressão, não tente questionar que não terás resposta, apenas respeite o momento e tente ajudar.

Nunca substitua ou interrompa de forma arbitrária, a medicação que o(a) depressivo(a) possa estar tomando.  Se não ver melhoras no quadro, procure então outro médico (sem largar o primeiro) apenas para uma segunda opinião, do quadro e do remédio.  Por mais que gostemos da pessoa que está depressiva, seremos melhores “doutores” fazendo o que é certo, prudente e benéfico para quem realmente precisa. 

Os remédios ajudam tanto a estabilizar o quadro, para não piorar ainda mais (em razão da dificuldade às vezes de fazer um diagnóstico mais preciso), quando pode ajudar gradativamente na evolução do quadro.  Não é fácil tirar alguém da depressão, é preciso paciência e um pouco de fé.  Deixe um pouco o terço de lado e converse com Deus, exponha o problema, sua preocupação e tudo que está à sua volta;  deixa Êle te conhecer melhor e verás que logo logo a ajuda virá.  Que Deus é fiel isso já sabemos.  E nós ?

Lembre-se que um depressivo precisa de um ambiente seguro e harmonioso, no mínimo estável, para tentar voltar à sua vida normal.  Então, trabalhe pela harmonia.

Que Deus abençoe em sua empreitada e que, pela Fé, tudo pode acontecer.

                                                      Amadeu Epifânio 


Viver bem é Possível !  -  Projeto Conscientizar


Somos (e ficamos) pelo o que somos.




quarta-feira, 5 de junho de 2013

DEPRESSÃO – Resposta do que somos:Emocionalmente Vulneráveis.



Em um dos meus artigos mais recente aqui mesmo no blog, cheguei a propor que fizéssemos uma analogia bem simples, ou seja, que a nossa mente é como um liquidificador, onde dentro se mistura vários ingredientes, os quais irão estar em constante rotação dentro do aparelho, misturando-os e prevalecendo sempre, o resultado mais predominante em termos de quantidade inserida, sempre em cada momento que uma ação é provocada ou exigida.

Quando fazemos uma vitamina, fazemos duas escolhas, as frutas que irão compor a mistura e o estado de cada uma, isto é, nem verde demais, nem maduro demais, do contrário o sabor final não sairá muito agradável ou saboroso.  Não é assim que acontece ?

Na mistura do nosso liquidificador (nossa mente), prevalece o mesmo princípio, ou seja, a prevalência do que jogarmos dentro dele, é o que ele nos dará, oportunamente como resposta, numa espécie de média-aritmética de tudo que estiver dentro dele, ou seja, sua vida, os eventos que te rodeia, as pessoas envolvidas e o mais importante dos ingredientes, sua postura sobre o que tiver de decidir, agir ou dizer, como tolerância, discernimento, senso de justiça, princípio religioso (quando bem aprendido), respeito e equidade.

De todas, a tolerância é a mais importante, pois é a que nos dá tempo para refletir no que fazer.  A falta deste importante atributo em demasia, nos acarreta prejuízos diversos, à começar pelo nosso emocional, que fica desestabilizado e precipitado, com pressa de agir e de obter resposta, criando expectativas e uma consequente ansiedade por uma espera que quando falta, gera-nos enorme frustração, além de uma dolorosa angústia, em torno de uma suposta espera, muitas vezes não compartilhada, porém, muito desejada.

Uma espera que muitas vezes, se reflete na esperança do retorno de um ente que se foi e o desejo de ainda tornar à velo(a);  Espera de soluções para problemas às vezes tão visíveis, mas invisíveis aos olhos dos que o(a) rodeia.

Assim se começa a trilhar o caminho para a depressão, que vai se consumando à medida que a expectativa não é atendida, o que só faz  aumentar a ansiedade e em maior grau, a angústia; depois a perda do prazer nos afazeres diários, seguido de diversos outros sintomas, como a falta de apetite, insônia e por aí vai, podendo chegar à ideação suicida.

Depressão não é tristeza, que não é decorrente da depressão.  O termo depressão já é, praticamente, a caracterização da doença e que precisa ser tratada o quanto antes, pois ela é como areia movediça, que piora não por movimentar-se demais, mas por esperar demais.

Nos próximos artigos, começo a falar mais sobre causas e os tipos de depressão e sintomas decorrentes.  Vale lembrar que quem está sob medicação, nunca pode interromper sem a autorização do médico que o(a) está assistindo, ainda que esteja se sentindo bem.  Ok ?  Não esqueçam de continuar divulgando este blog.

                                                        Amadeu Epifânio

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