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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

IDEAÇÃO SUICIDA.

É POSSÍVEL TENTAR EVITAR.


Ideação suicida é uma coisa emblemática;  Evento de natureza decorrente ou consequente, de fatores psicológicos, psiquiátricos ou patológicos (quando mais avançado).  De natureza sempre involuntária, faz parecer que todos que cometem suicídio, o fazem por livre vontade e por uma infinidade de razões. Leigos sempre julgam como sendo de motivação banal e por fraqueza de caráter.   Creio que estejam todos errados.

Ideação suicida não é patológico e sim resposta construída à partir de fatores psicológicos graves ou de quadros depressivos, quando não controlados por uso de medicação específica, para se evitar fatores que venham a desencadear a ideação suicida, que por sua vês, autônoma, mas presente nos casos onde o próprio corpo encontra-se em condição suspensiva (temporária ou precária) de buscar seu próprio alimento (ou recebê-lo) ou quando fatores o(a) fazem perder o prazer (e o interesse) pela vida, comprometendo sua condição de autossubsistência  (propósito maior de nossa existência terrena).

Quando se fala em ideação suicida, estamos falando de um corpo obedecendo ordens da mente, cuja ação é involuntária.   (Apenas) teoricamente, a decisão de suicídio tem caráter unilateral e inconsciente, restando ao corpo (estado consciente) apenas obedecer.  Mas não é o que sempre acontece.  Em razão de algumas atitudes, muitas vezes, de resistência à esta ordem e por iniciativa própria, o corpo fica ainda na dependência de que “alguém”, de alguma forma, o faça desistir de consumar.  O grande problema é quando ele(a) se encontra sozinho(a) e sem ninguém por perto.  Triste desfecho.

Existem suicidas que anunciam que vão se matar, sinal de que é o corpo, em seu estado consciente, que está resistindo a ordem recebida de atentar contra a própria vida.  A forma com que cada pessoa faz uso, para consumar o suicídio não é aleatória e sim também, parte da mesma decisão vindo da mente, ou seja: “faça e desta forma”.   Lembram-se do artigo (aqui mesmo no blog) que fala que a nossa mente é como um liquidificador.  Pois é, o suicídio é resultado de tudo que foi processado na mente, por média aritmética, prevalecendo o que foi mais determinante na vida da pessoa, por certo período de tempo.

Os de natureza psiquiátrica ocorrem da mesma forma, com exceção de que o remédio bloqueia de alguma forma, os fatores que desencadeia a ideação.  Como o próprio nome diz, é uma ideia de suicídio, significa que mesmo que ocorra subitamente, ela já foi sendo construída ao longo de determinado período de tempo, ficando apenas na condição de se ter ou não alguém próximo, que lhe diga as “palavras mágicas” para impedir o ato.
 
Ideação suicida (quando não de natureza psiquiátrica), ainda que involuntário, é resultado de baixa tolerância, falta de discernimento, de uma Fé não trabalhada; do sentimento de solidão (ainda que não esteja só), etc. Desespero também é fator resultante. A falta de todos estes atributos não dá alternativas para a mente utilizar oportunamente à nosso favor, como ferramentas de solução para os nossos problemas e sofrimentos, ainda que seja para ganharmos tempo, para conseguir ajuda, de Deus, Jesus ou de terceiros.

Qualquer um de nós pode ser um candidato em potencial para desenvolver ideação suicida.  A diferença pode estar na forma de vida de cada um, nos valores que cada um preserva (filhos, união, harmonia conjugal, familiar, etc.), presença de Deus em sua vida; ambição moderada; atos solidários; atividades saudáveis que envolva prazer;  Enfim, ponha tudo isso no teu “liquidificador” e terás afastado de vês, a sombra da ideação suicida.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista Auto-didata.  









Somos pelo o que somos.

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