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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

IDEAÇÃO SUICIDA NA INFÂNCIA – COMO IDENTIFICAR OS SINAIS ?


Recentemente postei, aqui neste blog, um artigo abordando este tema, que por sinal bem complexo.  O artigo refere-se basicamente ao processo de formação da idéia do suicídio, até a sua consumação, não importando muito a faixa etária (podendo ser adulto, adolescente, jovem ou mesmo criança) e sim o seu histórico de vida pregresso e aritmético. 

Eu uso muito o termo aritmético, porque basicamente a cabeça de cada um não passa de um liquidificador, onde sempre, até o presente momento, cada resposta ou manifestação que damos é um resultado de tudo que foi assimilado, através dos nossos sentidos de percepção, formando um banco de dados e consequentemente, um raciocínio específico (ou não) sobre o que se pensa executar ou decidir.

Conforme dito aqui várias vezes, a ideação suicida é uma decisão inconsciente e quase sempre involuntária, mas que, dependendo de alguns fatores, pode vir à não se consumar ou ser adiado para momento futuro e incerto.  Não esquecer que quando falamos de crianças e pequenas, devemos pensar como elas para tentar entender o tamanho da dor ou tristeza, pelas quais passam num dado momento.

Faz-se necessário e imprescindível então, um compromisso essencial dos pais perante os filhos, de se estabelecer neles o seu padrão de comportamento habitual, se possível sob condições habituais e diversas, para que os pais possam, de pronto, reconhecer mudanças repentinas sem nenhum motivo aparente.  Não que os motivos aparentes não devem receber devida atenção, pelo contrário, seja qual for a motivação, todas devem ser investigadas.

Por ser de natureza involuntária, há casos que a tristeza não será claramente manifestada, sendo escondida pelo estado consciente da criança, pois quem sofre realmente é o emocional interior.  Sofre porque uma criança não tem capacidade nem discernimento para entender porque as pessoas “fazem isso comigo” e essa falta de entendimento leva à mente à encontrar respostas (nem sempre saudáveis) para conter o sofrimento.

Drogas e ideação suicida estão classificadas na mente, conforme a idade, como remédios “tarja-preta” inconsciente, para emoções de altas intensidades (específico para cada ser humano), respectivamente para jovens (adolescentes) e crianças.  A mente também determina, inconscientemente, o modo de como será consumado o suicídio, com base no histórico de vida do paciente.

Via de regra, a ideação suicida (salvo quando diretamente relacionado à causas psiquiátricas) começa à desenvolver-se na mente, em razão do acúmulo de tristezas durante certo tempo e sem a perspectiva de solução à curto prazo.  O tempo de acúmulo varia de criança pra criança, em razão do grau de tolerância de cada uma, que poderá (ou não) arrastar sua tristeza por mais ou menos tempo, em relação à outras crianças.

  O que se recomenda de imediato, para afastar esse “fantasma” é muita conversa, afeto e principalmente, presença psicológica positiva dos pais, mesmo quando não puder estar com eles o tempo todo, em razão de trabalho, viagens, etc.    As estatísticas sobre índices de suicídio cometido por crianças não são nada animadoras, o que irá requerer de pais e cuidadores, maior atenção, mais amor e carinho com as crianças. 

O mundo, hoje, por si só, já está bastante difícil e se cruzarmos os braços, esperando que as coisas se resolvam sozinhos ou que os filhos se virem sozinhos, com certeza teremos surpresas não muito agradáveis.  Vale à pena perder um tempinho vês em quando, para dar aquela explicação ou responder à um dúvida, do contrário a frustração será grande e filhos, quando perdem a confiança nos pais, torna-se uma tarefa bastante difícil, recuperar.

Lembre-se: Viver bem é Possível, mas temos que fazer a nossa parte.


                                                         Amadeu Epifânio


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terça-feira, 19 de novembro de 2013

TRANSTORNOS DA ALIMENTAÇÃO

Provocado por idéia fixa e inconsciente.


Ainda existe uma parcela expressiva da sociedade, formada por crianças, jovens e adolescentes, que sofrem com algum tipo de transtorno alimentar, tendendo basicamente de três maneiras, ou seja, anorexia, bulimia e compulsão alimentar (sem necessariamente estar ligado à anorexia ou bulimia), chamada de compulsão alimentar periódica, caracterizado por episódios repetitivos de compulsão.

As primeiras manifestações podem ocorrer, com certa frequência já na infância e mais tarde na adolescência.  Já mencionei em outros artigos que muitos dos problemas de comportamento adolescente e juvenil, tem sua procedência nos traumas adquiridos na fase infantil, que vai desde as primeiras semanas até os primeiros 3 anos aproximadamente.  Há casos de alguns traumas terem sua procedência em algum evento ocorrido ainda na fase gestacional, como quedas, estupros, brigas e eventos que podem causar medo, pânico, insegurança.

Transtornos de alimentação (mais voltados para a Anorexia e Bulimia), podem ter fundamento psicológico, em razão do paciente ter consigo, uma idéia fixa e inconsciente, forçando o corpo a obedecer à um impulso involuntário e periódico, onde os lapsos de consciência se dão ao término de cada crise, dando-se por satisfeito seu emocional inconsciente, até a próxima compulsão ou comportamento purgativo (vômito).

Não é do nada que uma crise se desencadeia, para culminar em propósitos de anorexia ou bulimia.  Existe todo um processo que se desenvolve até chegar à crise.  Já foi mencionado em outros artigos, aqui mesmo neste blog, que nossa mente trabalha muitas vezes, por método associativo, quando o assunto é resgate de memórias.  O simples fato de um paciente conviver num ambiente, onde as parte físicas ou de pessoas (e suas atitudes), podem de alguma forma ter ligação com o passado e trazer de volta o sentimento que à época, foi resultante da experiência passada e vivida.

Essa experiência, em forma de resgate, vem à tona e manifesta-se da forma que a mente considerar como sendo “saudável”, para manutenção da estabilidade do seu aparelho psíquico.  Algumas manifestações podem ter ligação direta com o tipo de trauma adquirido, enquanto outros, meros personagens e cenários, mas sempre presente, enquanto presente estiver o fator desencadeante, que precisa ser investigado, para que as crises sejam consideravelmente distantes entre si, até zerar.

Vale lembrar um aspecto importante.  A grande parte dos traumas se dá na fase infantil, às vezes muito tenra e é muito comum, quando lidamos com essa faixa etária, pensar como adultos e não como criança, de forma que nunca relevamos dor e sentimento na sua grandeza e magnitude, que para uma criança é tão grande quanto a nossa dor, ao perder um parente que muito amamos.

Anorexia e bulimia tem haver, também, com autoestima depreciada, motivado por terceiros ou por si próprio, em decorrência de um evento que lhe tenha desencadeado tamanho questionamento sobre si próprio(a) com relação à sua imagem física ou mesmo psicológica (buscando uma auto afirmação para um tipo de relacionamento ou para certo trabalho).  De qualquer forma, uma idéia fixa e quase sempre, inconsciente e involuntária.

Um consulta com um psicanalista pode ajudar a descobrir o porquê da idéia fixa, uma vês que ela é fator (ou resposta) resultante do trauma.  Não se assustem tanto com a palavra trauma, pois para uma criança, um simples inseto que pousa em sua mão, pode lhe causar susto ou mesmo pânico.  Para procurar um psicanalista, é preciso primeiro conter os impulsos do transtorno alimentar (com psiquiatra), para que o tratamento psicanalítico ocorra de forma produtiva e progressiva.

Ninguém faz nada, se não em razão de algo que o motive.  Investigando e tratando, para o paciente ter uma vida saudável e socialmente e familiarmente tranquila.  É possível transformar um problema em forma de convivência, nossa mente já mostrou que isso é possível e em várias situações.  Viver bem é Possível !  Acredite nisso.


Amadeu Epifânio


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sábado, 16 de novembro de 2013

ATENÇÃO !

PESSOAS DE CABEÇA VAZIA NÃO PENSAM, SÓ OBEDECEM.


É comum vermos, nos jornais e telejornais, toda sorte de pessoas cometendo diversos tipos de crimes, delitos e violência, onde as vítimas são instituições, pessoas comuns e até os próprios familiares.  São pessoas seguras de si, acreditando estar controle de suas ações e que tudo que fazem contra terceiros, pensam que é de sua própria vontade.

O mesmo aconteceu com a onda de manifestações violentas, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, que foi uma mistura de ambiente propício mais a certeza da garantia de impunidade, impetrada por uma justiça brasileira, falida de rigor, autoridade, disciplina e de justa imparcialidade.  NUNCA SE MATOU TANTO POR TÃO POUCO.

Era comum dizermos para alguém que “...lá dentro não é o que você quer”.  Hoje, após anos de estudo do comportamento humano, posso afirmar que a realidade é bem oposta, ou seja, que é de dentro de nós que vem os impulsos que nos leva à cometer todos os nossos erros, delitos e até crimes (como no caso da vila Brasilândia, quando o menino de 13 anos matou toda família).  O mesmo para muitos dos casos intrigantes, que desafiam a justiça.

O que gera toda essa violência, agressividade e banalização da vida, está na falta de subsídios positivos que poderiam ter sido usados para conter os impulsos de todos esses infratores e criminosos.  Toda essa liberdade para se cometer essas ações delituosas, vem de um interior emocional infantil, que todos nós temos, carregado de fantasias e de insatisfações não resolvidas e que, em razão disso, acaba por se rebelar dentro de nós, forçando-nos à cometer de pequenos deslizes (como infrações de trânsito) até crimes hediondos, atropelando nosso estado consciente, nos obrigando apenas à obedecer.

Já postei aqui mesmo neste Blog, um artigo sobre isso, que todos nós somos potencialmente capazes de matar, mesmo sendo nós, a pessoa mais dócil do mundo.  No último artigo postado (anterior à este) também falo sobre isso, quando me refiro à pessoas que se explodem com facilidade, com acessos de nervosismo, de choro, de raiva ou mesmo de ódio e agressividade, não importando muito quem esteja por perto.

Nesta década que estamos vivendo, estamos vivenciando uma ampla cultura de liberdade e de pensamentos práticos, fazendo valer a lei do menor esforço (de raciocínio ou reflexão), de que ninguém irá se importar se eu não fizer o que esperam de mim hoje, talvez nem amanhã, talvez nunca mais e que meus filhos podem se virar sozinhos se eu precisar sair ou trabalhar todos os dias, sem a necessidade de qualquer diálogo em qualquer tempo.

Todos que estão na vida de crimes, hoje, algum dia lá atrás, algo ou alguém os fez perder severamente, a credibilidade e a confiança no sistema judiciário; primeiramente com relação à si próprios, quando a justiça deve ter soltado o algóz que matou algum dos seus e hoje, com a certeza da impunidade da nossa justiça, a única justiça (e julgamento) que eles temem é a dos homens, do crime organizado. 

Aí a gente diz: “-Há, mas eles tiveram escolha!”.  

Não tiveram não.  Não tiveram, porque sua escolha de mudança de vida, não foi consciente e sim involuntário, motivado por um inconsciente infantil revoltado, que por não ter tido uma formação mínima, que lhe suprisse a satisfação interior, para não chegar ao ponto que chegou, viu-se na condição irreversível de retorno à uma vida normal, por razões perfeitamente justificáveis, que é o preconceito e julgamento de uma sociedade, que muitas vezes é mais fria e cruel que à do próprio tráfico.

Nós, os considerados normais, cometemos infrações grosseiras, pagamos propinas para nos ver livres de “incômodos”, fazemos gato de energia e até de água, por mera conveniência; fora ainda tudo que foi feito e não foi ainda descoberto e mesmo assim, nos justificamos, porque todo mundo também faz e não é punido e ninguém quer ser bode expiatório de ninguém.  Mas todo mundo, de uma forma ou de outra, acaba fazendo uso da mesma máscara do nosso amigo acima, ou seja, nos tornamos curinga, numa sociedade onde a ética e a moralidade estão virando artigos raros, dando lugar ao pensamento prático.

Difícil vai ser convencer os filhos de que não tivemos a intenção de fazer o que fizemos de errado.  Pra não pagar esse mico, procure não errar tanto, pra não se tornar um curinga.  Ser curinga, representa fazer apologia à uma cultura retrógrada.  Acho que ninguém quer isso.  Você quer ?   Lembre-se:   Somos pelo o que somos.


                                                    Amadeu Epifânio


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terça-feira, 12 de novembro de 2013

RESPONDA RÁPIDO – ALGUMA VÊS JÁ SE SENTIU ASSIM ?


Quem nunca, na vida, passou por esta triste experiência ?  Temos de reconhecer que nos dias de hoje, tem sido muito frequente ver pessoas se explodindo por aí, muitas vezes até de forma estranha, isto é, sem nenhum motivo aparente ou ainda por razões muito banais, para quem assiste, evidente.

Situações como essa são até comuns para algumas pessoas, como as portadoras de Transtorno Afetivo Bipolar, as quais adquiriram genes que às tornam vulneráveis diante de pressões psicológicas, não conseguindo administrar as emoções, deixando vazar em quem estiver por perto, o fruto (sem controle consciente), de uma não aceitação ou insatisfação de algo ou de alguém, que o faça recordar de um momento que o marcou no passado.  A maioria das pessoas costuma guardar, mas com o bipolar, isso não é possível.

Como isso é provocado por um emocional infantil, a crise só termina quando essa “criança interior” dar-se momentaneamente por satisfeita, até a próxima crise.    Uma sessão com um psicanalista pode ajudar a levantar “assuntos ainda não resolvidos com o passado”.   Um problema ímpar, somado aos eventos do dia a dia, se acumula de tal jeito, podendo explodir mais cedo num bipolar do que nas demais pessoas.

Mas porque essas explosões acontecem ?  Ao contrário do que se imagina, não é apenas de momento (ou provocado por alguma circunstância), que isso ocorre, mas sim, por resultado aritmético, onde é levada em conta toda vida pregressa da pessoa até o fatídico momento em que ocorre a explosão de sentimentos acumulados.  Nessa hora, qualquer evento pode representar a famosa “gota d’água”, seja leve ou grave, porque o grau de suportabilidade de dor, para cada pessoa, tem graus diferentes e individualizados, em razão da experiência de vida de cada um e do grau de formação que cada um carrega consigo.

Existem fatores interessantes que podem sinalizar a presença de baixa tolerância numa pessoa.  Situações banais do dia a dia, onde normalmente se leva na brincadeira ou na descontração, para alguns faz parecer o fim do mundo, chegando inclusive (e vocês vão concordar comigo) à se perguntar porque uma situação banal lhe causou estranhamente, tamanho desconforto emocional.  Chegamos, inclusive, à fazer especulações negativas em relação à um fato ou à uma certa pessoa envolvida.

Quando chegamos à este estágio, nos sentimos como uma bexiga de aniversário bem cheia, bastando qualquer “suspiro” para explodir, não é verdade ?  Quando muito, por alguma razão, o máximo que conseguimos é adiar a explosão, mas fatalmente, mais cedo ou mais tarde, ela vai ocorrer, esteja alguém por perto ou não.   É estranho observar que os mais “controlados” costumam se conter diante dos estranhos, mas nunca diante dos familiares.

Como eu disse logo acima, isso é resultado de um problema ímpar não resolvido (por medo, vergonha ou orgulho), e que à medida que o tempo passa, mais e mais fatos vão se agregando ao desconforto emocional acumulado, ao mesmo tempo que a tolerância vai baixando, pela falta de melhores condições psicoemocionais para administrar conflitos, traumas, insatisfações ou não aceitação de uma posição imposta por eventos ou terceiros.

O primeiro passo para uma melhora no temperamento explosivo e dá-se conta de que ele existe e admitir que sozinho não tem condições de se conter, seja com estranhos e principalmente diante de familiares, como cônjuges e filhos (que mais sofrem, direta e indiretamente com este temperamento inconstante).

Com certeza há um fundo psicológico (ou psicanalítico) que, através da ajuda destes profissionais, poderá ter uma vida tranquila outra vês, para poder lidar com as outras adversidades que a vida nos impõe, com o trânsito lento, contas, faturas de cartão de crédito, mensalidades escolares, aluguel, senhorio, inquilino, vizinhos... chega !

Lembre-se, Viver bem é Possível, mas precisamos fazer a nossa parte, ok ?

Amadeu Epifânio

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sábado, 9 de novembro de 2013

PRISÃO

O AMBIENTE QUE NINGUÉM QUER ESTAR.


Com certeza um dos piores resultados, proveniente de uma resposta aritmética da mente de um dos moradores de um complexo presidiário.  Quem, na vida, sonha estar num ambiente como este ?  Muito menos em seus pesadelos.  Mas está acontecendo, hoje, com milhares de pessoas, onde muitas delas até hoje estão se perguntando, como e porque foram parar lá dentro.  A mesma pergunta se fazem os alcoólicos, os dependentes químicos, os que provocaram acidentes infantis e estúpidos nas estradas, fora tantos outros.

O processo para se chegar neste estágio, não é tão simples como parece, pois assim como não desejamos ser “inquilinos” do sistema prisional, também os atos que nos levaram para lá, não foram por livre e espontânea vontade e sim, motivado por processo aritmético, levando em conta todo nosso histórico pregresso, até o que costumamos chamar de “gota d’água”;  o que nos leva à deduzir que esta trágica história pode ser interrompida em diversas etapas ou oportunidades, sem que seja necessariamente, consumada.

Muitas vezes fazemos uma afirmação, de que basta apenas um pequeno parafuso cair dentro de uma máquina, para provocar um grande defeito.  O mesmo pode acontecer conosco, provocando uma verdadeira pane emocional, desestabilizando-nos severamente.    A imagem positiva que idealizamos sobre uma pessoa, quando quebrada, nos deixa muitas vezes sem chão ao nos decepcionar com ela, não é verdade ?  Pois bem, essa frustração, quando ocorre com uma criança, é uma marca que fica para a vida toda, cuja consequência vai explodir lá na adolescência, causando danos psicológicos severos (às vezes irreversíveis), sem contar as alterações de comportamento.

Várias podem ser as causas que lavam um adolescente à cometer atos graves de comportamento sem, contudo, ser necessariamente voluntário e consciente.  Como se já não fosse o suficiente, os jovens infratores costumam ter duas vidas numa só, isto é, a vida antes e a depois do primeiro delito, que por mais que se esforce para ter sua vida normal outra vês, nunca terá sua imagem “limpa” novamente, nem mesmo e principalmente, por seus próprios familiares.  Que dirá a sociedade.

Agora eu pergunto:  Quem se decepcionou com quem, primeiro ? 
Quando tivermos a coragem de responder à esta pergunta, com certeza, nossos jovens (ex-presidiários ou ex-dependentes) poderão enfim, ter a esperança de ter uma vida normal outra vês, porque ninguém faz nada, se não em razão de algo que o motive.  Depois que a ”pedrinha” cai na cabeça de uma criança ou de um jovem, tem início um efeito dominó, cuja a última pedra, ainda não sabemos qual será.

Sem alguém foi parar num ambiente prisional, é porque sua mente já se encontrava presa de alguma forma e quem tinha a chave, não teve a chance de abrir em tempo hábil.  Somente pelo diálogo, será possível identificar problemas que, se não resolvido logo, poderá ser tarde demais, depois que a ficha cair.  Ainda há tempo de reaver aquele diálogo, bem como a confiança perdida.  Portanto, não perca mais tempo.   Lembre-se, viver bem é possível.


                                                        Amadeu Epifânio