Está
cada dia mais difícil mantermos um nível de convivência prazeroso e harmonioso
com nossos filhos, já repararam nisso ? A
atenção dos filhos, hoje, está muito dispersa e cada vês menos focada na
família. São inúmeros os fatores que
exercem sobre a educação uma verdadeira concorrência, numa disputa acirrada
pela atenção dos filhos. Como se não
bastasse, existe ainda uma infinidade de padrões familiares, indiferente à
condição econômica, não havendo portanto um consenso sobre uma forma que fosse
mais ideal ou mais perfeita.
Não
muito distante à isso, as escolas onde estudam nossos filhos, estão repletas de
modelos educacionais, vindos de toda parte da cidade, que mesmo que os filhos
não percebam, esses modelos estão sendo mesclados e comparados o tempo todo e,
nesta hora, será mais predominante o que for mais relevante para eles,
involuntariamente. Por isso é utópico delegar
às escolas a educação dos nossos filhos, quando já se é difícil atrair 100% a
atenção deles para passar-lhes o conhecimento letivo e cultural.
Por
falar em referências, este é mais um fator que acaba por dificultar ainda mais,
valores que tentamos passar à eles, como ética, respeito, solidariedade e
caráter. Instituições como política,
justiça, religião e até “família” (numa visão geral) estão se enfraquecendo e
que nos obriga sempre à manter um monitoramento, para sabermos o quanto ainda
estão firmes no que ensinamos e se por acaso não esteja sendo necessário fazer
algumas correções.
“Jogo
de cintura”, essa parece ser a fórmula mágica para lidar com todos os
imprevistos decorrentes desta infinidade de distrações que bombardeiam nossos
filhos e nossas famílias, buscando sempre desestruturá-las de alguma
forma. Ao chegar em casa da escola,
muitas crianças trazem consigo, “poeiras” de outros modelos familiares e que,
pela falta de jogo de cintura, acaba se criando conflitos por divergência de
opiniões e de valores, tanto os que ensinamos quanto os que eles absorveram e
aceitam.
Vejam,
a aceitação desses padrões (quase sempre opostos aos nossos), nunca é gratuita,
mas sim em razão de lacunas que são deixadas nos filhos, que podem à todo
instante, serem preenchidos de outras formas e distrações, sendo a primeira
delas o celular, depois o computador, depois a instabilidade conjugal e/ou
familiar (que praticamente os empurra para fora de casa), quando buscam para si,
lugares supostamente mais “seguros”.
À
partir desta concepção criadas por eles (sendo seu ambiente familiar um lugar
inseguro pra se conviver) começa um processo estacionário (quando não
retrógrado) pela busca do seu próprio bem estar, tanto emocional quanto
psicológico. Doravante, seus critérios
de seleção de amizades (até então mais exigentes) sofrem um relaxamento, dado o
momento de instabilidade emocional pelo qual passam.
Eu
citei no artigo anterior, sobre prevenção de drogas, que sua experimentação
dá-se sempre em momentos que manifestamos, diante de uma adversidade, sensações
simultâneas de incapacidade e intolerância para administrá-lo, no que
imediatamente, transferimos o comando do nosso corpo e da nossa vontade, para
os nossos impulsos, que na verdade somos nós mesmos, porém com um raciocínio
equivalente ao de uma criança de 3 anos.
Como
dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, sempre que este
impulsos assume o controle, nosso estado consciente cede espaço, cedendo o
comando. Este estado impulsivo e
infantil (que repito, somos nós mesmos), está carregado de uma série de
experiências, também negativas, associado ainda à uma série de coisas, as quais
desejamos ardentemente possuir ou realizar, porém, por determinadas razões, nós
o suprimimos.
Agora,
tentem imaginar como age este impulso (que já é infantil) no corpo de uma
criança, entre seus 3 e 6 anos por exemplo.
Uma mistura “explosiva”, não concordam?
Repleta de muitas birras e malcriações rsr. Quase sempre não dá pra perceber qual das
duas está no controle, em razão da idade.
Mas
entendam uma coisa, situações como birras, malcriações, “autoritarismo”, nunca
são gratuitos, mas sim, insatisfações, inaceitação e um que precisa ser
constantemente monitorado, a concepção que se cria em torno dos pais, que se não
corrigido, se arrasta para a juventude e adolescência, manifestando apatia
gratuita e involuntária por um ou por outro.
Involuntária, porque quem estabelece o conceito são os impulsos infantis
(segundo Freud) e não a própria criança em seu estado consciente.
Por
isso está tão difícil administrar uma família, porque são grandes os desafios
que se contrapõe à tudo que tentamos defender e passar. São tantas as pessoas e famílias que seguem
modelos sem grande expressividade e eficácia, que aqueles que não seguem,
sentem-se em minoria e acabam por segui-los, por acharem que a “voz do povo é a
voz de Deus”. Ninguém merece.
Aproveitem
o fim de ano que se aproxima, “fechem pra balanço”, reúnam a família (sem os
parentes, de preferência, apenas pais e filhos), e aproveitem para pôr a
conversa em dia. Saibam o que se passa
no coração e na cabeça deles, veja se algo triste se passa na vida deles e como
eles estão administrando isso. Só para
terem uma ideia, não são poucos os sentimentos considerados por muitos, como
insuportáveis, como por exemplo, sentimentos de perda, seja de entes queridos
ou de namoradas(os), companheiras (os), animais de estimação, empregos, maridos,
esposas, quando não, a própria família.
Ensine
e ajude seus filhos à não se desesperar diante de uma situação como essas ou
outras que por ventura, num primeiro momento, não esteja sabendo
enfrentar. Ajude-os à elevar a própria
tolerância, pois que ela é fator condicionante para experimentação de drogas
(sempre experimentada pelos impulsos e nunca por seu lado consciente).
Passar
por esta vida e poder deixar este mundo sem drogas, não alcoolizado, não
marginalizado e, na medida do possível, deixar de lado nosso individualismo
exacerbado, para ajudarmos os que precisam também de nós, é sem dúvida, um
grande e merecido troféu.
Pra
finalizar e para os religiosos: Qual o
significado da crucificação de Jesus ? Seria por acaso o de pagar os pecados da
humanidade ? Mas a humanidade continua
pecando e das formas mais estúpidas possíveis.
Para não chegarmos à dizer que a morte de Jesus teria sido em vão, em
razão disso, deixo para vocês uma segunda reflexão sobre a crucificação:
“O verdadeiro Amor exige sacrifícios, muitas
vezes dolorosos”.
Deus
abençoe à todos.
Os
que preferirem deixar seus comentários, sugestões e críticas, podem fazê-lo sem
reservas, no espaço destinado aos comentários.
A colaboração de uns favorece esclarecer a dúvida de outros. Obrigado.
Amadeu
Epifânio
PROJETO VIVA+
Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.
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