Projeto VIVA +

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PSICOPATIA TEM CURA, DESDE QUE...

TRATADA E COM INTERNAÇÃO.


Se tem uma coisa que aprendi, ao longo de meus estudos e pesquisas, é que ninguém faz nada senão em razão de algo que o motive, ou seja, NADA É GRATUITO. Eu coloquei em um dos meus artigos recentes, em meu blog, que crianças idealizam sonhos e idolatram seus genitores (ou mesmo tutores) até que estes, direta ou indiretamente, os decepciona e de forma severa.  Uma coisa que criança não entende é quão forte pode tornar-se sua dor ou decepção.  Uma das causas dessa "potencialização" dos sentimentos está numa coisa chamada Libido.

Nossa libido é uma energia forte, que se desloca à medida que nosso temperamento muda, tornando-a mais forte pro lado que estiver tendendo. Até que tenhamos noção de sua existência e aplicabilidade, ela será para a criança uma força extra e poderosa e sem controle algum, elevando e potencializando sentimentos e pior, se pondo à serviço dos impulsos do nosso emocional inconsciente (um lado que não pensa, não tem discernimento nem remorso e que se vale sempre do que estiver à mão, para satisfazer nossos impulsos e atropelando nosso estado consciente, porquanto não se satisfizer completamente, podendo ser bastante prolongado sua duração no controle sobre o corpo). Costumamos subestimar nosso outro "eu", existente em todos nós e no quanto este pode alterar completamente, posturas, comportamentos e até destinos.

Ninguém nasce psicopata (como ninguém nasce pra ser pedófilo). A psicopatia é construída à partir de uma combinação de fatores, que podem estar ligado à traumas, abusos, violência física, emocional ou psicológica.  Fora isso, pode ainda:

ü      Ser agravado com o modo de vida e convivência;
ü  Fatores genéticos de antecessores (temperamentos violentos e agressivos).   
ü  Não receber tratamento em tempo hábil ou simplesmente não receber tratamento (o que só alimenta sua patologia).

Dependendo o que pode acontecer com uma criança, o grau de severidade, idade que ela estiver (incluindo fase gestacional) e dependendo do modo de vida e convivência, com toda certeza ela desenvolverá alguma forma de distúrbio (que pela ordem) emocional, psicológico e por fim, psiquiátrico (à medida que providências terapêuticas não forem ministradas à tempo). 

O que vemos numa criança psicopata é um controle absoluto do inconsciente sobre o estado consciente;  Primeiramente porque é o lado que está efetivamente ferido, segundo porque uma criança não tem condições de ter total controle sobre um lado seu, que ainda nem se dá conta que existe, sendo, portanto, seu estado consciente, refém do inconsciente, por tempo indefinido.   

Como proposta terapêutica, internação (como forma eficaz de isolamento social), associado à um tratamento com bons tratos, atenção e cuidados, para que o inconsciente, aos poucos, vá adotando esse novo padrão de comportamento, em substituição ao que o paciente dolorosamente passou e sim, é possível ser curado.  Entendemos por cura, não somente a substituição de memórias (negativas por positivas), como também a adoção dos novos conceitos, que irão nortear sua nova vida, doravante (pós tratamento).

Vale lembrar que uma pessoa, diagnosticada como psicopata, pra todos os efeitos, não é uma pessoa atormentada diretamente por lembranças negativas (como de fato ocorre com portadores de outros transtornos, de natureza psiquiátrica).  Se houve tal fase, esta deu-se em estágio pregresso anterior, isto é, logo após ocorrido seu evento traumático.  Passado esta fase, o psicopata é uma pessoa com total troca de valores, menosprezando totalmente valores sentimentais, humanos ou com animais, extinguindo-se pena e remorso, seja ao ver neles algum tipo de sofrimento ou (como acontece já com alguma freqüência), tirando deles, a vida.  Tal perfil pode ser aplicado em qualquer idade, desde que com mesmo diagnostico.

Quem efetivamente guarda as memórias (ambas, mas principalmente as de natureza negativa) é o emocional inconsciente e é ele quem provoca os distúrbios psicológicos (ou psiquiátricos) nas pessoas, cobrando respostas do consciente pelo o que passou (para dar ciência à este) para que entendendo, possa dar fim ao seu martírio.   O grande problema é que essa cobrança é inconsciente e é por essa razão, que desencadeiam as crises em pessoas com transtornos, por elas não saber o origem do seu distúrbio.  No mesmo princípio se faz a ligação dos jovens com as drogas, em seu primeiro contato.


"A correnteza do preconceito é muito forte e  leva com ela multidões,            que por ser maioria e com forte predominância, não permite lapso de tempo hábil, para maiores reflexões".

                 (Amadeu Epifânio - Psicanalista Auto-didata - Projeto VIVA+)                   

A Psicopatia tem cura, desde que tratada de forma adequada, com internação (porque o isolamento é essencial para a eficácia do tratamento) e acima de tudo, receber tratamento humano, em oposição às próprias crenças (além do terapêutico);  será primordial para a sua recuperação.  O tempo será relativo, por depender de alguns fatores, de natureza individual de cada paciente e dos métodos terapêuticos empregados. 

O ser humano pode ter transtornos mentais, mas jamais perderá sua essência, sendo ela que sempre o trará de volta à razão se, tiver a chance e for lhe dado a oportunidade.

                                                 Amadeu Epifânio


PROJETO VIVA+  Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.






14 comentários:

  1. O mesmo princípio de tratamento (ao psicopata) pode também ser aplicado aos residentes do sistema carcerário, ou seja, Isolamento total do meio externo pelo máximo de tempo possível (mínimo de 1(Hum)ano ou mais, para que os "vínculos" deixados lá fora, vão se desfazendo gradativamente, para que somente então, possa ser incorporado ao preso, a inserção de novos valores, de caráter positivo. O que impede haver qualquer proposta de ressocialização é uma coisa chamada vulgarmente de CORRUPÇÃO. É este o grande mal deste país e que espalhou raízes pra todo lado, esferas governamentais, empresas públicas e privadas, além de diversos segmentos da nossa sociedade. Abraço à todos.

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  2. Amadeu Epifânia boa tarde,

    Você é testemunha ocular de alguém que porventura voltou para a sociedade e agora vive de forma tranquila, ou mais tranquila, no meio social depois de ter sido diagnosticado como psicopata?

    Dentro do que eu li do seu comentário, sobre psicopatia, eu também vinha refletindo neste mesmo caminho: Caso o indivíduo saia do seu meio social, impregnado de toda meledicência, se for o caso, e tenha um tratamento de qualidade, VIP, aos poucos pode ser que ele tenha uma melhora em seu comportamento. Caso também este tempo de afastamento seja o suficiente para que ele agregue novas pespectivas, olhares, do que é certo, do que se pode e do que nãose deve fazer para viver bem... algo assim!

    Por outro lado... Tenho cá minhas dúvidas! Acho que ainda não há tantas pesquisas a respeito e que o indivíduo pode ser mais trabalhado na infância quando mostra já as características. E com muito ânimo e disposição da família, possa melhor entender o seu papel e os limites para viver bem socialmente.

    Grata.

    Vânia

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  3. Você está certa Vânia, quando diz que se ele fosse trabalhado melhor ainda na infância, poderia se evitar desenvolver traços mais nocivos na adolescência ou na fase adulta. Mas infelizmente a sociedade mal consegue dar conta de sua prole, de uma forma segura e harmoniosa; não conseguem identificar nos filhos, possíveis traços de um possível transtorno de ansiedade, pânico ou depressão (mesmo precocemente); qualquer traço de rebeldia querem logo impôr disciplinas duras (quando não militares rsr) para ocupar os filhos o bastante, para que os pais tenham tempo livre para os seus afazeres.

    Como esperar que possam identificar traços de psicopatia nos filhos (sem confundir com birras, ciúmes ou malcriações) ?

    Meu artigo sugere um isolamento social, por tempo suficientemente satisfatório para que valores e conceitos negativos possam ser substituídos por outros menos nocivos.

    Mais difícil que mudar a personalidade de um psicopata é identificá-lo na sociedade. A Psicopatia seria melhor interpretada e tratada pela psicanálise (ou por sua supervisão), pois que não pode ser controlada apenas por medicação, pois que o seu transtorno precisa resolvido na sua origem, isto é, no seu inconsciente.

    Se não há histórico que um psicopata tenha voltado ao convívio social recuperado, provavelmente pode ser em razão de uma abordagem terapêutica ineficiente ou inapropriada.

    Obrigado, Vânia, pelo seu comentário e participação. Visite também a página do meu perfil, no Google+.

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  4. Olá, é a primeira vez que leio que a psicopatia tem cura. Você acredita que o Tiago Henrique Dito serial killer de Goiás pode ser tratado ?

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  5. Wylminha, tratado pode, muito embora aqui no Brasil não acredito que vá se recuperar tão cedo. Eu acredito na cura, só não acredito que tenhamos a estrutura ideal para isso. Bem capaz que o Tiago esteja vingando-se (inconscientemente) dos que lhe machucaram na infância. Nesses casos quem age é o inconsciente mas valendo-se da força do adulto. Via de regra ele vê cada vítima como suporte, isto é, personagem de alguém que lhe machucou, seja no Bullying ou no abuso que sofreu de um vizinho, além de desilusões amorosas. Só por aqui ele já teria um repertório de vítimas, também para "machucar". Quem se vinga é a parte criança que sofreu porém, quem machuca é o lado adulto, como se fosse una arma à utilizar. Por isso a dificuldade de se prever quem será sua próxima vítima, pois elas sempre estarão ligados ao seu histórico pregresso infantil.
    Um tratamento deve seguir algumas etapas, á saber:

    1) Isolar o psicopata da sociedade por certo tempo (internação);
    2) No momento certo, após longo período já internado, realizar análise terapêutica para trazer à tona os traumas que sofreu e por fim à influência perturbadora que o faz matar. Em geral costuma dar alta aos pacientes apenas por melhor comportamento, o que não se reflete em eliminação das causas perturbadoras inconscientes.
    Respondendo sua pergunta, sim, tem tratamento.

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  6. O senso geral é que psicopatia não tem cura. Também acredito nisso. A psicopatia é um problema muito profundo para ser curado dentro de uma vida... Entenda-se!

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  7. Nery, esse é justamente o problema, deixar que a cultura se sobreponha à chance de fazer, de tratar. As chances que tem um psicopata de ser curado são as mesmas chances de um portador de qualquer transtorno psiquiátrico. O problema é que os portadores já acreditam que nunca ficarão curados, que não tem jeito, que ninguém quer ver a "nossa" felicidade. Isso, com certeza, limita e muito, qualquer chance de buscar ao menos, uma melhora. Eu acredito que um psicopata possa ser tratado e curado, talvez não no Brasil, mas em algum lugar onde a vida é levada à sério e onde preconceito e discriminação não seja fator predominante.

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  8. Tem uma pessoa mto próxima a mim q de acordo com o q li a respeito do assunto apresenta comportamento com sintomas de psicopata.Minha pergunta é: as ações de um psicopata derivam de uma infância traumática necessariamente? Porque no meu caso não tenho conhecimento que essa pessoa passou por qualquer trauma, mas alguns comportamentos como mentira contumaz e invenção de histórias segundo parentes próximos comecar a ser notados na infância. Ps: essa pessoa nunca foi tratada pois cresceu em fami lia humilde incapaz de detectar um problema psicológico....

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  9. Oi. Veja, para ser um “candidato” à Psicopata, um trauma não é o bastante. Via de regra o que ocorre é uma sequência de fatos, que faz com que o candidato à psicopata (porque precisa se ter certeza) vá mudando seus conceitos e concepções com relação à vida e às pessoas à sua volta.

    Na maioria dos casos são os pais que podem influenciar de forma negativa, tanto direta quanto indiretamente. Direta se são os próprios à torturá-lo psicológicamente de alguma forma. Indiretamente se eles se mostrarem omissos e negligentes diante do sofrimento visível do filho (e não apenas uma vez).

    O sofrimento cujo qual “nosso amigo” pode estar subordinado, atinge principalmente sua auto estima e condição emocional, minando sua capacidade de entender o momento, fazendo com que aumente sua raiva e seu ódio, de forma progressiva. Pode ser Bullying, sentimentos constantes de rejeição e repúdio, discriminação e preconceito por alguma coisa, como aparência, vestuário, jeito de falar, se expressar, etc.

    Resumindo: Quem irá ferir, machucar, agredir ou matar não é o adulto e sim a criança humilhada dentro de si, que usará seu corpo adulto como instrumento de ataque ou de morte. A única forma dele parar com sua vingança inconsciente, é através de uma internação compulsória, ou seja, tirá-lo de circulação, ou seja, do ambiente onde vive e frequenta, onde qualquer pessoa pode ser escolhida como sua próxima vítima. Depois de internado, ele deve passar um bom tempo, até que os valores negativos que ele defende, sejam aos poucos, substituídos, num processo de constante avaliação.
    Espero ter respondido seu questionamento. Desculpe a demora em responder. Se preferir pode me acessar em minha página no facebook (cujo atalho está na parte superior direito do blog), para detalhar melhor sobre o comportamento dele. Psicopatia é coisa séria, por isso se deve investigar melhor. Abs.

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  10. Olá, eu li sobre o assunto em sua página porque sinto que preciso de ajuda. Longe de querer me auto diagnosticar, mas fazendo uma reflexão profunda, cheguei a essa conclusão.

    Olhando para trás, percebo que desde criança possuo um comportamento reprovável por mim mesmo. Parece que tenho uma certa compulsão em mentir, mesmo sem nenhuma "necessidade". E aparentemente já me arrependi disso (ou ao menos senti dessa forma) mas tão logo eu posso, repito esse comportamento. Já me prejudiquei e a pessoas que eu amo com isso. Mas refletindo, eu tenho me perguntado se eu realmente me arrependo disso (pois sentimentalmente sinto que sim, mas na minha razão, acho que não já que eu repito a ação).

    O que eu posso fazer, é uma luta muito grande pra mim, e que estou perdendo feio, já que não quero mais isso pra minha vida.

    Qual o passo a tomar?

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    1. Veja, esse comportamento que está tendo, é reflexo de um conceito criado por você ou seu inconsciente. Como afirmou ser persistente, muito provável que proceda do seu inconsciente (ou já teria se corrigido). Entenda, nossos sintomas refletem o que de fato aconteceu, para deixá-lo com esse conceito. Foi algo que pra você soou como forte frustração e numa idade que pra você foi muito doloroso e o seu inconsciente guardou. O que ele te obriga fazer hoje (mentir pras pessoas), na verdade não se trata de índole maldosa e sim, um alerta sobre o qual precisa ser trabalhado, tratado e resolvido. Um bom analista (em psicanálise), recomendado, indicado por quem já foi e se deu bem, poderá lhe ajudar nisso. Ele fará ressurgir o momento que gerou esse problema. Não desista, pois hesitar em retornar é uma resistência padrão do inconsciente, para proteger seu "segredo". Precisa ir até o fim e descobrir o que de fato ocorreu e assim, livrar-se do impulso que o faz mentir. Quando mentir para alguém, evite justificar-se demais (até que resolva o problema). Diga apenas que sente muito e que não teve intenção. Procure evitar dizer qualquer coisa, mentira ou verdade, tente abster-se de comentários. Quando você mente para uma pessoa, na verdade está mentindo para "quem" mentiu duramente pra você. Eles são portanto, personagens de quem lhe feriu. Apenas isso. Não é por maldade que o faz, mas por reflexo psicológico. Procure logo iniciar o tratamento. Se cuida. Abraços.

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  11. Gostaria de saber, aonde se faz esse tipo de internamento para curar o psicopata

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  12. Onde houver estrutura compatível, responsável e competente. Aqui no Brasil duvido muito que haja. Mas quem sabe, procurando não se acha.
    Será preciso tirá-lo do ambiente e da sociedade, visto que, são desses dois lugares que "acendem" os gatilhos que irão manifestar seus traumas. Num consultório comum pode-se tentar descobrir a causa que o fez psicopata. Mas o tratamento em si, o isolamento, terá de ser em local apropriado e devidamente monitorado.

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