Projeto VIVA +

sábado, 9 de julho de 2016

NOSSAS CAIXAS PRETAS !!!

SEGREDOS QUE FEREM E INTERFEREM.


À medida que os meus estudos avançam, vou descobrindo fatos curiosos, responsáveis diretos e indiretos na interpretação  de nossas ações e manifestações, de natureza diversa e, porque não dizer...infinitas.  Na verdade não é uma descoberta física, mas algo que pode ser utilizado para entendermos porque fazemos o que fazemos.

Sim, o homem também possui suas próprias caixas pretas, semelhantes às utilizadas em grandes aeronaves.  Nestas, são registrados conversas entre pilotos e problemas mecânicos ou eletrônicos.  No ser humano é registrado numa caixa tudo que absorvemos de informação e conhecimento, enquanto que, na outra, experiências emocionais, desde a fase intra-uterina.  Isso mesmo, nossas caixas pretas (fictícias) já estão em nós desde a fase intra-uterina, registrando tudo que se passa lá dentro.

São esses registros, responsáveis por nossas ações e emoções, que poderão detectar e explicar, a existência de problemas que muitas vezes, só a medicina sozinha não consegue explicar.  A caixa que registra experiências emocionais por exemplo, só pode ser aberta (e com todo cuidado, diga-se de passagem) por um "perito" psicanalista.  Muitas vezes chegamos ao consultório com nossas caixas pretas avariadas (muito confusos e desorientados), dificultando num primeiro momento, extrair seu conteúdo.  Sim, é um trabalho de perícia e de avaliação cuidadosa, mas que não precisa, também, levar uma vida inteira para se descobrir o que os fez entrar em "pane".

Nas caixa-pretas presentes no ser humano, dependendo do seu conteúdo e da pressão que possa estar exercendo (intensidade), começa à "vazar" e influenciar em nossa vida.  Por exemplo, a caixa responsável por registrar nosso conteúdo de conhecimento geral, interfere mais no comportamento, enquanto que o conteúdo da caixa que registra nossas experiências emocionais, interfere com certa insistência e primeiramente, no nosso temperamento (depois no comportamento), criando uma verdadeira "fusão" de comando duplo (consciente e inconsciente), de forma simultânea, gerando problemas como depressão, transtorno bipolar e outros mais sérios.

O conteúdo dessas caixas, depois de registradas, não pode mais, ser apagado (enquanto não passar pela perícia de um psicanalista), contudo, é permitido que novos registros sejam feitos por cima do anterior, com o propósito de suprimir sua influência, quando de natureza nociva.  Não é apenas o que está registrado, que pode causar danos ao nosso psíquico e à nossa condição emocional mas principalmente, seu conteúdo aritmético, ou seja, quanto mais registro de eventos nocivos, traumáticos e tensos, maiores as chances deles virem à gerar, desde um distúrbio psicológico até algum tipo de transtorno psiquiátrico.

Nós temos o poder de buscar melhores "registros" para que possamos gozar de "viagem" (vida) segura e mais tranqüila, sabendo agora que tudo que assimilamos pode tanto nos gerar "dores de cabeça" como tranqüilidade. 

Mais do que tratar-se, é preciso saber tratar-se, ajudar-se, cobrar de si mesmo melhores resultados (não importando o tipo de profissional).  Agora sou eu que digo:  Profissionais estudaram pra isso e tem o dever de nos promover o nosso bem estar.  Se o paciente não ajuda, é obrigação deles saber com precisão, pedir ajuda específica ao paciente, para melhor interação no tratamento, tanto com medicação quanto com análise (em psicanálise) ou terapia (com psicólogo).  Buscar um ou outro vai depender do tipo de conteúdo e quantidade, em suas caixas pretas (memórias reprimidas).

Sabemos definir o que significa termos uma vida (no mínimo) estável, ou seja, com  condições de tomarmos decisões acertadas e agirmos dentro de um parâmetro de racionalidade.  Acima disso, o que ultrapassar, extrapolar, podemos considerar como sendo influência "terceirizada" de nossas caixas pretas (inconsciente), afetando nossa navegação e dirigibilidade, como um GPS defeituoso que só nos leva à lugares errados e perigosos.

Numa primeira fase de nossas vidas, está à cargo dos pais a responsabilidade no conteúdo das caixas pretas dos filhos, e é à partir deste conteúdo que nossas crianças começarão à viver e tomar suas decisões.  O que resultar de comportamento (eu diria) não adequado, como rebeldia, pirraças, maucriações, com certeza terá relação direta com os registros já existentes nas caixas pretas deles.  Pense no efeito dominó, passado de geração em geração.

À propósito, por falar em geração, a disparidade entre gerações de nascimento, entre pais e filhos é que também dificulta as relações parentais, porque, do momento que nasce o pai ou a mãe, até o momento que nasce seus filhos, muita água já terá passado pelo mesmo rio, debaixo da mesma ponte, ou seja, realidades diferentes, universos diferentes, padrões familiares diferentes e severamente alterados e mais permissivos do que nunca, que entrará em severo contraste com tudo que estamos tentando ensinar aos nossos filhos.  É uma educação que requer muita paciência e jogo de cintura.  Já há artigos relacionados no Blog, abordando essas questões.



ProfAmadeu Epifânio


Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.


quarta-feira, 6 de julho de 2016

NÃO PUDE DEIXAR PASSAR !!!


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O TRABALHO CONTINUA.

domingo, 3 de julho de 2016

TRANSTORNOS SÃO GERADOS NA INFÂNCIA !


NÃO DEIXE SEUS FILHOS TEREM OS SEUS !


Transtornos Psiquiátricos (com exceção da depressão), são todos provenientes de algum momento da infância da criança, desde a sua fase intra-uterina até o seus 3 anos aproximadamente (podendo se estender um pouco mais, dependendo do seu desempenho cognitivo).  Não precisam ser, necessariamente grave, exceto se não para o entendimento de um bebê ou de um feto.   No artigo recente em meu blog, sobre transtorno Borderline (postado em 31/maio último), citei algumas condições que são essenciais para se determinar o tipo de construção de um transtorno numa criança, à saber:

a) Idade ou tempo de vida da criança ou do feto;
b) Tipo de evento (gerador) ocorrido;
c) Grau de severidade deste evento;
d) Ambiente em que está inserido.

A combinação desses fatores pode (ou não) levar uma criança à desenvolver algum tipo de transtorno psiquiátrico.  Importante frisar que nenhum transtorno nasce pronto, mas sim, construídos de forma gradativa e progressiva com o desempenho cognitivo;  os acontecimentos e sua freqüência aritmética durante certo tempo.  Tudo isso não implica dizer que os filhos são "imexíveis", que não se deve tocá-los. Não vamos exagerar.  Mas que também não devemos deixá-los à deriva, achando que irão conseguir entender e aceitar tudo que lhes acontece.

Uma simples birra de criança não é caso de punição ou castigo por exemplo e sim, uma chance de investigar quais motivações estariam provocando aquelas reações.  É o caso de chamá-los para uma conversa, propor-lhes não castigá-los com o que disserem (mesmo relacionado aos pais).       A motivação pode estar no "pecado" dos pais em fazer algo diferente do que pregaram aos filhos ou criarem concepções imaturas, à cerca de algo que tenha tomado como injusto.

O que pode acabar gerando, nos filhos, um problema psicológico não é apenas o fato em si, ocorrido apenas uma vez (exceto senão por algo muito grave), mas sim a periodicidade com que um mesmo fato ocorra várias vezes, durante certo período de tempo.  Só se torna psiquiátrico o psicológico que não é relevado nem tratado em tempo hábil.  Com relação ao que pode ser grave, para uma criança de primeiros meses por exemplo, é ver a "figura" paterna batendo na mãe, vendo-a chorando e gritando de dor, enquanto o pai grita mas com ofensas e/ou ameaças.

Para um feto, um ambiente conflituoso, de constantes brigas, estado tenso e contínuo da mãe e com certa freqüência, gera para o feto o conceito do seu ambiente como sendo um lugar inseguro, além de toda perturbação e vozes decorrentes, que ficarão gravados, guardados e parte deles, bloqueados da memória (como defesa da mente), para que o feto possa desenvolver-se bem quando nascer, até atingir idade suficiente para que seja relembrado da pendência guardada, para que tome ciência, entenda o que se passou e aí sim, essas memórias serem finalmente eliminadas  e sua influência, cessada.  Enquanto isso não é feito, aquelas vozes (e o estado tenso correspondente) estarão sempre presentes e ativas, como se tivessem ouvidos ainda ontem, porque no inconsciente (segundo Freud), o tempo não existe.  Essas vozes ficam ecoando e perseguindo onde quer que vá, porque o feto estava ainda dentro do ventre quando às ouvia, por isso a sensação persecutória.

Estamos falando de caso típico de Esquizofrenia, onde sua tipologia está condicionada com as variações decorrentes de intensidade, vivenciadas ainda na fase fetal.

Uma boa prevenção, para se evitar que uma criança venha desenvolver algum tipo de transtorno, está numa boa educação, nutrida com ensinamentos, orientações, esclarecimentos, discernimento, diálogos, partilha, princípios solidários, etc.  Porque diálogo ?   Porque nos dias atuais, famílias não conversam mais, apenas se comunicam (vem comer, vai dormir, volta logo, boa noite). Ajudá-los à tomar decisões, ao invés de apenas fazer as vontades, também gera forte contribuição para o intelecto deles, fortalecendo seu psicoemocional.
  
A inserção de valores deve ser feita de forma indireta (não apenas com "discursos" moralistas).  Harmonia conjugal e familiar (aritmeticamente) constante;  Religião ou espiritualidade, também de forma indireta, porque não adianta os filhos nos ver os pais rezar e depois presenciar atitudes que não condizem com os ensinamentos sagrados que pregam ou que eles ouvem falar.

Ser humano nasce sem o seu manual de utilização, razão pela qual não consegue manter-se em "linha reta" por muito tempo e está sempre em situação de conflito, em geral consigo mesmo, não conseguindo fazer com que seus "descendentes" tenham uma vida mais segura e estável que a sua.


ProfAmadeu Epifânio

              

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