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terça-feira, 6 de setembro de 2016

IDEAÇÃO SUICIDA !


PORQUE SUICIDAS TIRAM A PRÓPRIA VIDA ?


Eles não tiram a própria vida (não nesta concepção). A decisão vem do inconsciente, como resposta aritmética de uma séria de fatores, determinantes e prevalentes. Suicídio (e forma), é escolhido por um lado infantil do inconsciente (O Id), que não mede conseqüências nem pressente perigo, além de agir livre quando está só (que é quando o corpo também está só (nos dois sentidos da palavra). Quem está prestes à cometer suicídio está num estágio que já não aceita qualquer coisa de qualquer um, torna-se exigente no ouvir, como se precisássemos descobrir a "senha" para entrar no momento deles.

O Suicida só terá uma chance se tiver alguém próximo e não disser um monte de asneira achando que está tentando salvar o mundo (quando não é capaz de salvar um único ser humano naquele momento). O primeiro critério nessa hora é o respeito. O segundo é saber que assim como qualquer pessoa emocionalmente fragilizada, quer ser ouvida (mesmo não querendo ouvir) mas, se a pessoa que estiver próxima souber dizer coisas (que tenha ligação com os fatos alegados) que à faça desistir ou pelo menos ganhar tempo pra que outra pessoa possa resgatá-la (ainda que à força), pode tanto ter evitado a consumação ou talvez, apenas adiado.

Basicamente são dois tipos de razões que levam à ideação, uma é abstinência de efeito de remédios controlados (por ter esquecido ou desejado parar). Outra razão está na falta crítica de tolerância, para suportar situações severas. Isto porque são situações que nos cobra resposta ou solução imediata, que quase nunca temos nessa hora.

Então, na pressa conseqüente de obter uma resposta, transferimos à mente a obrigação de nos dar uma resposta "pra ontem", com o diferencial que, quem nos dará (na pressa) é o mesmo Id, que sem medir conseqüência nem pressentir perigo, pega o que estiver ao alcance (e não o que já tivermos absorvido de conhecimento, valores e experiências).

Não é a resposta "suicídio" que é escolhida, mas quem dá a resposta, sendo mais ou menos tolerante e resiliente, frente aos desafios e adversidades, grandes ou pequenos.

A questão é que a ideação pode ser evitada e sua conseqüência até revertida.

Não são os fatores que desencadeiam a ideação suicida que tem que ser tratado ou reprimido, mas a própria pessoa, seus valores, ideais, conceitos, tolerância e resiliência.   É um problema que começa em nós, quando determinamos que não há nada que possa reverter o que está sentindo (em razão de um outro conceito ou problema, que o está levando à pensar assim).

Está mais no que na hora da classe psiquiátrica e também psicólogos e psicanalistas, respeitarem antes o próprio juramento, para que conseqüentemente seus pacientes sejam criteriosamente melhor atendidos, com diagnósticos precisos e prescrições que se adéqüem à realidade de cada paciente com seu transtorno específico.

Quando essas "fichas" caírem, será mais fácil reduzir as estatísticas de suicídios.

Professor Amadeu Epifânio
Psicanalista/Pesquisador

             

                  Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.


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