Projeto VIVA +

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

sábado, 26 de novembro de 2016

TRANSTORNO PSIQUIÁTRICO !


NÃO TENHA PRESSA EM TER O SEU !



Tenho acompanhado testemunho de muitas pessoas com suspeita de ter algum tipo de transtorno, por várias razões, entre outras:

a) Por ter em casa pessoas da família com transtorno semelhante;

b) Por ter relacionamento com pessoas com transtorno (como namoros);

c) Por associar sintomas com os observados em literaturas respectivas;

d) Por simplesmente convencer-se que tem, por questões próprias.       

É preciso ter a máxima cautela antes de julgar ou achar-se portador(a) de algum tipo de transtorno.  É preciso assegurar-se que não esteja sofrendo por algum tipo de distúrbio psicológico de menor severidade, cujo qual pode ser resolvido com psicólogo e sem a necessidade de tomar remédios controlados que, se não tiver o respectivo transtorno, o medicamento causará efeitos colaterais fortes, levando a pessoa à realmente acreditar que está com o referido transtorno e ainda, que o mesmo remédio não estará fazendo efeito, passando à viver um ciclo vicioso.

Antes de pensar que tenha transtorno, tenha certeza que não tem.  Como ?

Primeiramente faça um prontuário próprio, escreva num caderno todos os sintomas que está sentindo, à quanto tempo, se já tomou ou está tomando alguma medicação, se resolveu, o que acontece desde que acorda até dormir.  Procure usar datas, período e freqüência dos sintomas.

Feito isso vá primeiro à um clínico geral (de preferência recomendado), faça sua queixa e conte à ele tudo que levantou à respeito.  Faça exames clínicos se necessário.  Existem problemas de natureza orgânica que gera sintomas semelhantes à depressão por exemplo, outros que pode provocar arritmias cardíacas, que pode levar à pensar que tem síndrome de pânico ou ansiedade.  Preocupações excessivas pode deixar uma pessoa paranóica em suas crenças, gerando mais suspeitas, de fobias à esquizofrenia e por aí vai.   Se o diagnóstico der normal, menos um problema afinal.

Feito isso, a próxima parada será o psicólogo, porque ?   Existem problemas vivenciados por uma criança, que não chegam à gerar nenhum transtorno psiquiátrico, porém machuca o suficiente para gerar um trauma ou distúrbio psicoemocional, suficiente para interferir na vida adolescente e adulta.

A diferença entre complexo e transtorno, é que no transtorno não se lembra o que aconteceu, em razão de uma idade que vai até os 3 anos em média, enquanto no complexo a idade é maior e os fatos são mais fáceis de se lembrar e tratar.   Habilidade do Psicólogo também ajuda.

Complexos são bastante comum, como preocupações com a própria imagem, o corpo, beleza, status, vaidade excessiva e outros.  A pessoa começa à preocupar-se demasiado, chegando mesmo à perder o controle e tornado-se submisso à vontades antes psicológicas que conscientes.  Não chega à ser nenhum tipo de transtorno porém, se não for tratado com terapia, a tendência é que haja um descontrole emocional e/ou financeiro, para alimentar o complexo, podendo levar uma pessoa à Depressão, falência, ruína e até suicídio.   Se quiser ajudar, saiba ouvir primeiro.

Por último, dando normal todos os exames e vendo o psicólogo que requer a necessidade que se passe por um psiquiatra (também com o caderno de sintomas), para conferir se é transtorno e qual tipo.   É preciso acompanhar de perto o tratamento, até que a resposta seja o controle de crises e também um bem estar prolongado e uma vida mais perto do normal.   Cobre resultados, psiquiatra sabe o que faz sim, e também juraram atendê-los bem.

Serão aconselhados à fazer terapia, paralelamente ao tratamento psiquiátrico (não fique impressionado com termo psiquiátrico rsrs).  

Um problema psicológico torna-se psiquiátrico pelo simples fato do seu portador não lembrar-se de nada que lhe tenha ocorrido quando criança, que tenha lhe gerado o transtorno.  Na verdade é o inconsciente nos fazendo lembrar que existe uma pendência presa, querendo sair.  O problema é que o inconsciente não sabe dar esse recado direito, ele apenas faz lembrar as sensações que teve, quando de um evento que o machucou emocionalmente.  As crises são essas sensações sendo lembradas como se tivesse ocorrido ontem, sendo motivadas por algum fator ambiental, por processo associativo (presente-passado).

Em todos os transtornos este princípio se repete, não carecendo a suspeita de que esteja ficando louco ou louca.  Pode esquecer esse medo.  Para todos os transtorno existe uma causa quase comum, diferenciando-se por algumas características, tais como a idade em que ocorreu, o tipo de evento, grau de severidade, o ambiente, as circunstâncias e o grau cognitivo da criança (que até os 3 anos é muito pouco).  

Lembre-se da regra:  Quanto menos sabemos sobre algo, maior ele se torna pra nósImagine um bebê ou feto passando por um susto ou um medo sobre algo específico !

Quando uma criança ou bebê se machuca emocionalmente (além da dor física, quando existe), o inconsciente grava e trava neste ponto e nesta idade.  Passamos à viver com uma criança machucada dentro de nós, nos incomodando (como um disco pulando) à resolver sua demanda com um psicólogo ou psicanalista (dependendo do que seja).

Então repito, antes de achar que está ficando louco ou louca, pense que sempre há uma razão para cada circunstância que passamos, mesmo as estranhas.  Entenda que uma medicação deve ter o propósito de tentar conter a influência do inconsciente, tornando você mais tolerante e resiliente, pelo menos até poder resolver esse conflito interno.  Resolvido isso, através de um psicanalista, o transtorno cessa e a perturbação acaba, juntamente com o transtorno.  Certamente não é da noite pro dia, mas que não há de levar uma vida inteira.  

No decorrer da análise, precisa haver progressos contínuos, sendo testado por vocês à todo instante.  Tente exercer atividades que antes não podia por causa do transtorno.  Nisso você estará testando a análise e a medicação simultaneamente.

Aquele caderno que pedi pra vocês escreverem, continuem também durante o tratamento, pois certamente os ajudará à monitorar qual remédio e qual dosagem funciona ou não ou qual não se adapta ao seu organismo.  Remédio não é pra transtorno e sim, para a sua realidade.   Interagir com o tratamento vai permitir ajudar seu psiquiatra à receitar a medicação ideal pra você.


Professor Amadeu Epifânio
Psicanalista/Pesquisador

              

                  Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.

Contatos: professorepifanio90@yahoo.com

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

DISCÓRDIA ENTRE PAIS E FILHOS !

É POSSÍVEL TÊ-LOS DE VOLTA À HARMONIA.


Um dos maiores desafios da família hoje é manter os laços entre pais e filhos, sem discórdia, sem brigas, sem conflitos.   Seja como for, nós, pais, de uma forma ou de outra, direta ou indiretamente, somos sempre culpados por desvios de conduta e comportamentos.  Isso porque quando eles mais precisaram de nós, falhamos.  Falhamos e, se negamos, é porque nossa prepotência não nos deixa ver o quão de estrago já causamos na vida deles e, cada vez pior.

Existem os casos mais graves de discórdia entre pais e filhos, do tipo bem rebeldes, de não parar em casa, passar mais tempo na rua, de não poder ver seu "algoz" (pai ou mãe) que já começa à discutir e brigar.  Nessa hora a perda da paciência, de ambos os lados, a falta de jogo de cintura de quem deveria estar no controle da situação, a causa chave da discórdia (prevalência do motivo), tornam-se pedras no caminho da conciliação, gerando um quadro ainda pior e mais vulnerável para os filhos.

Para esses casos existe apenas uma conduta à ser posta em prática, preferencialmente pelo cônjuge com quem o jovem está em conflito, pai ou mãe.   Mesmo sendo com os dois, apenas um deles é que deverá agir, da forma como for sugerida.

Primeiro passo é planejar um momento e um local onde ambos (pai ou mãe, e filho) deverão estar sós, por pelo menos umas 3 horas.   Em seguida chamar o filho para uma conversa à dois.  Nessa hora quem estiver com ele deverá despir-se de todas as armas que comumente trás consigo, como prepotência, arrogância, superioridade hierárquica, posição profissional, etc.   Nessa hora pai ou mãe (que estiver com o filho) não significa nada além de pai ou mãe, apenas.

Em seguida começará conversando da seguinte forma:

"Filho, o que está acontecendo entre nós, esse desentendimento, essas brigas, é tudo culpa minha (se começar à ficar comparando quem erra mais ou menos, irá por tudo à perder).  Minha omissão, minha negligência em não estar com você presente, sempre que precisou ou pensou precisar de mim, é que mudou você, mudou as coisas entre nós.  A única coisa que me apavora é que essa minha falta te leve à se prejudicar de alguma forma.  Por isso quero fazer um trato com você e gostaria muito do seu voto de confiança.  Quero dizer que vou mudar, quero estar mais presente na sua vida, sem sufocar (como dizem os jovens rsrs), mas presente, participando, partilhando, orientando, sem críticas nem censuras, porque quero que seja à mim que você venha quando precisar de ajuda, conselho e até conforto, pras horas que a vida nos dá as "rasteiras".  Não vou falhar de novo.  A única coisa que eu quero de você, filho(a), é que você procure se cuidar mais, que não deixe seu rancor por mim dominar você ou seus pensamentos.  Dê uma chance pra nós, pra todos nós.  Isso começa agora, não vou impor condições, porque sei que sabe que fará o que for o certo e que à partir de agora poderá contar comigo, sem nenhum tipo de receio. Tudo bem ?"

Essa é a base da conversa, sem proposta de condições do tipo:  "Ah, mas você vai ter que ajudar à fazer isso ou desta forma".   Se fizer isso, Adeus, vai espantá-lo e uma segunda oportunidade poderá levar muito, muito tempo e que poderá ser tarde demais. Lembre-se que, se o filho chegou à esse ponto, foi por processo aritmético determinante, ou seja, a postura dos pais que foi mais predominante, durante certo tempo.

  Outra coisa, se for prometer, cumpra ! porque se falhar, a confiança dele em vocês também irá falhar, talvez pra sempre.  É seu filho, sua filha.  Não adianta realizar sonhos se os filhos não tomar parte deles.  Uma família unida é a certeza de uma viagem segura.  Pense nisso.

Professor Amadeu Epifânio
Psicanalista/Pesquisador

             

Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.