Projeto VIVA +

domingo, 26 de março de 2017

A FAMÍLIA !


O Epicentro de Tudo.


Tudo que pudermos imaginar de errado no mundo, não tem sua origem em cargos, patentes ou classes sociais.  A origem é sempre no homem (o ser humano), sua constituição, formação, educação e orientações de natureza diversa (não escolhido por si próprio, mas por seu inconsciente), em compensação à diversidades, cuja qual não consegue lidar nem aceitar.

Praticamente caímos no velho dilema de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha, ou seja, quem é culpado ?   O "homem" como pai ou, como filho ?  Onde começa o erro ?  Não importa o cargo ou função que ocupe, numa empresa ou na sociedade, ele será sempre reflexo de sua formação e de suas crenças e, mesmo que não queira, acabará sendo influenciado por eles.  O resultado é o que vemos ao nosso redor.

O que temos hoje é uma epidemia hereditária de formação contaminada por hábitos errados, posturas arbitrárias e omissas, decisões antidemocráticas, referências institucionais praticamente falidas e sem um padrão familiar (exemplar) que valha à pena ser seguido.  Resultado, o que os filhos absorve é uma infinidade de "lixo" cultural, que em muito pouco (ou nada) os ajudará à lidar com suas frustrações e toda sorte de problemas emocionais, pelo simples fato de não terem nada como "sistema operacional", que o ajude à gerenciar melhor, sua vida. 

Como conseqüência temos hoje, mais de 250.000.000 de usuários dependentes de drogas, em todo o planeta, um claro sinal que estão deixando os filhos à deriva e ainda lavando as mãos, num claro sintoma que, por mais trágico que possa parecer, os pais ainda sentem-se seguros em sua auto afirmação.   Alguns fatores "internos", ou seja, sem influência direta da sociedade, acabam contribuindo para mudança de posturas que, se persistindo no erro, mais tarde se refletirão em desvios de conduta.

Entre alguns fatores que destrói um relacionamento com filhos está:

a) Pensar como adultos em relação à filhos pequenos;
b) Não ouvir os filhos antes de julgá-los e "sentenciá-los";
c) Mostrar-se indiferente aos problemas que passam;
d) Decidir por eles ao invés de ajudá-los nas decisões;
e) Esconder problemas que eles certamente sabem que existe;
f) Compensar ausência física em vez de manter presença psicológica;
g) Descontar nos filhos problemas pessoais, sem se desculpar;
h) Achar que ofensas que fazemos ou dizemos à eles, não ficam marcados;
g) Tomar partido em brigas em vez de induzi-los ao entendimento comum.


É difícil saber de que forma que as crianças vem ao mundo, pois que o nosso inconsciente nasce junto com a formação do cérebro do feto, ainda no útero e desde então já começa registrar todos os momentos do corpo que o abriga.  Pequenos sustos, discussões da mãe, brigas severas com alto estado de tensão, com palavrões e ameaças verbais (também sentido pelo feto); tentativas de aborto, etc., tudo é registrado e de alguma forma e (à depender do grau de intensidade) vai influenciar na criança, depois de nascida e também na fase infantil e/ou adolescente.

O "ambiente" externo às residências, não apenas influencia mas acaba concorrendo com tudo que passamos aos filhos como formação e educação.  Nas ruas estão todos os modelos de comportamento e numa quantidade assombrosa, que acaba colocando em xeque tudo que ensinamos.  Compactando esse ambiente externo temos as salas de aula de colégios e faculdades (além dos próprios), com inúmeros modelos de família e educação.

Já pensaram na complexidade que é educar e formar os filhos para viverem num mundo tão complexo ?   Não é à toa a existência de um caos global, com diversas formas de ameaça à nossas vidas.    Ameaças feitas não por países, partidos, seitas ou crime organizado.  Ameaças feitas por pessoas que os defende e protege, pessoas que já fizeram parte de uma família e que, por alguma razão os abandonou.  Não precisamos pensar de formal global (se achar que estou sendo radical).  Podemos pensar em região, sua região, seu estado, sua cidade, suas próprias facções de crime.

Não estou escrevendo isso para tentar recuperar os que estão perdidos, mas para conter a fuga e perda de mais filhos.  Filhos que podem se perder mesmo morando debaixo do mesmo teto, porque os pais mal sabem o que eles fazem ou com quem eles andam e, quando conseguem descobrir, muitas vezes já é tarde pra que o algum mal seja evitado.

A família é o Epicentro do mundo, todos os males que recaem sobre as famílias foram produzidos por ela própria, tempos atrás.  É como jogar os filhos pro alto sem saber onde e como cairão.  Antes da família vem o conceito que se faz da mesma.  O que entendemos  por família ?   A resposta não anda correspondendo as expectativas dos filhos, que estão sentindo-se largados  feito compartimento de foguete à lua, antes mesmo de deixar o solo.  A concepção de família, hoje, estão muito aquém da idéia que se tinha à cinqüenta anos atrás, quando havia um único padrão familiar, com raríssimas exceções.

A pergunta que fica é:   Qual a concepção que os novos casais tem, do que chamam de família ? Quando está previsto começar à se afastar dos filhos pra cuidar dos próprios interesses ?  Em algum momento pensam em retomar a relação afetiva com eles ou vão continuar à tratá-los como estimação ?

Pensem nas respostas, porque delas poderá depender o futuro de vocês e, quem sabe, da humanidade.

Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista

PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL
Influência Pregressa em Respostas Emocionais

              

                 Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.




Nenhum comentário:

Postar um comentário