Projeto VIVA +

quarta-feira, 8 de março de 2017

MENTE AGITADA TDAH


COLOCANDO A VONTADE DE VOLTA NOS TRILHOS.


Toda crise de qualquer transtorno é manifestada pelo inconsciente, relembrando um (ou + eventos) que vivenciou, que tenha constituído o transtorno específico. O que às vezes difere os transtornos entre si, é a freqüência com que essas crises se manifestam. No Transtorno Bipolar por exemplo, existem pessoas que tem crises uma ou duas vezes por ano (ou +). Depois da crise vem a famosa fase depressiva, que é uma forte sensação de tristeza e impotência diante do que não conhece e não aceita, quanto ao que está acontecendo. Pode não ser depressão.   Podemos chamar de fase de abstinência de crise.

No TDAH, existe um freqüência muito grande de crise, fazendo com que o portador tenha influência quase ininterrupta do inconsciente, ou seja, do seu lado criança que vivenciou o evento gerador, dificultando-o insistentemente de obter foco em tarefas que exigem concentração.

Além do evento gerador, existe ainda o "cenário" em que o evento foi gerado, se dentro de casa, do quarto ou na rua. O que quer faça parte deste cenário e sua variedade e quantidade, será lembrado por uma coisa que eu chamo de método associativo, onde o cenário é lembrado, sempre que algo do presente se assemelha à algo do cenário, do evento vivenciado. Por isso quem tem TDAH, está constantemente sob influência do transtorno, porque deve haver um cenário bem diverso.

O grande segredo para conter essa onda de influência é separar os dois lados, ou seja, consciente e inconsciente, como ? Reforçar o auto controle. Quanto mais o portador puder controlar sua tolerância e auto controle, menos influente estará do inconsciente (e do seu passado).  Apesar disso, nosso inconsciente não é nosso inimigo, pelo contrário, o fato dele nos lembrar o tempo todo essas lembranças, é para nos dizer que há uma "pendência"' à ser resolvida.  Isso pode ser contornado pelo auto controle, através de terapias alternativas, como Yoga, Tai-Chi, artes marciais que objetiva essa postura, etc. 

Estabelecer propósitos para conclusão ou execução parcial de atividades, como estudos, trabalho, tarefas é outra forma.  Para crianças, jogos educativos e instrutivos;  Para os jovens de ensino fundamental e médio, estabelecer metas como melhorar médias e notas, no geral ou de matérias específicas.  Lembrando que para entrar em universidade, as questões de vestibular ou Enem, são complexas, exigindo mais conhecimento que memória.  

O que eu quero dizer ?  Memória é mais comprometida pelo TDAH que o conhecimento. Conhecimento mantém a pessoa mais no controle emocional.  Memória (e falta) é algo que gera ansiedade que gera perda de foco.  Então o remédio é estudar, mas estudar com propósitos, como 2 capítulos de um livro de cada vez, depois dizer pra si mesmo o que entendeu, depois mais 2 capítulos e assim por diante.  Fazer as coisas com propósito ajuda à manter o controle sobre o que está fazendo, com pouca perda de foco.

O importante é domar a vontade, no máximo de tempo que puder e ir estendendo esse tempo (quebrando marcas, como numa olimpíada rsr).  Esse parece ser um bom foco pra seguir como meta, sem data certa.

Outra coisa, nada é fácil, ninguém é perfeito, a primeira coisa que precisa focar é acreditar em si mesmo(a).  Não relevar críticas, censuras, preconceitos de quem quer que seja, são pessoas que precisam tanto de ajuda quanto nós.  Quando uma pessoa deseja ajudar, deve fazer tomando por base a condição ou momento da pessoa e não pelo ponto de vista dela própria.  Se não sabe ajudar, pelo menos não piore nem atrapalhe.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista

PROJETO VIVA+
Por um Caminho + Seguro.

                

                 Contato:  https://www.facebook.com/ProfAmadeu

Um comentário:

  1. Pessoal, concentre o foco do controle da vontade, também pela medicação que tomam, vejam se ela está ajudando nesse propósito. Se valham da duração do efeito da medicação para realizar as atividades e tarefas necessárias e aos poucos procurem estender, se propondo sempre à um pouco mais, mas sem pressão, sem obrigação (pra não gerar ansiedade), tem que ser natural. Devagar e sempre.

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