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segunda-feira, 5 de junho de 2017

Transtorno Disruptivo da Desregulação Do Humor


Traduzindo Mau Humor Constante.   Porque ?



Isso pode ser uma experiência vivida da criança, quando ainda menor, em idade onde a compreensão é bastante reduzida (senão zero). Imagine você bebê, dentro de um carrinho, deitado(a), de repente a pessoa que está levando o carrinho simplesmente pára pra conversar, quase te esquecendo, o carrinho parado numa posição, pegando sol direto ou tomando vento na cara sem parar, e seu condutor cadê ? ainda conversando. O desconforto excessivo gera irritação e até raiva (embora o bebê não saiba ainda o que é isso). É como se dissesse: Ôh ! me largaram aqui ? num estado de humor que deve ter deixado o bebê extremamente irritado e mal humorado.

Sempre que há uma experiência traumática, perturbadora ou bastante desconfortante, para um bebê ou mesmo feto, este episódio é gravado pelo inconsciente, sob o propósito de avisá-lo mais tarde (acreditando que isso atrapalhará seu desenvolvimento normal e natural). Tão logo a criança desenvolva algum discernimento, o inconsciente à faz recordar o episódio, mas apenas a sensação que teve e ficará repetindo isso, como um disco arranhado, até que seja descoberto e eliminado a lembrança, voltando a criança à uma vida normal.

O comportamento arredio da criança o tempo todo, se dá por razões involuntárias, uma vez que ela (a criança) desconhece a origem do seu problema de humor. Via de regra ela achará que as razões estão presentes no seu dia a dia, em uma série de insatisfações.  Um bom psicanalista, um profissional indicado ou recomendado por quem já passou por ele, irá ajudar muito.  Praticamente resolverá o problema.

Fazer a criança "extrair", isto é, dizer o que sente, será muito subjetivo, uma vez que ela dirá o que acha que é (e não o que realmente é).   Por ser de origem inconsciente, o caminho mais viável é convencer o inconsciente dela, que aquele momento já passou, que não há mais razões para ficar irritada. Mas é preciso deixar primeiro, a criança pôr para fora o seu sofrimento, por não ser compreendida em seu momento, isso à deixa muito mal e angustiada. É natural que ela tenha crises de raiva e choro. Deixe, não interrompa, deixa se "esvaziar", botar a raiva para fora.

Confortá-la não vai incentivá-la à continuar à fazer birra, pelo contrário, o acolhimento afetivo à faz sentir-se segura(o), podendo deixá-lo mais tranquilo, à ponto do seu inconsciente também considerar que hoje seu "corpo" (onde abriga) está sendo mais bem tratado do que quando muito pequeno, podendo ainda fazer parar as lembranças. (Talvez dispensando inclusive, a necessidade de terapia).   Somente o tempo dirá.

Por hora, compreensão, diálogo e afeto.

Mais uma coisa: Não fiquem impressionados com esses nomes que atribuem ao comportamento da criança. É um processo natural de qualquer criança, com a diferença que agora ganham nomes "estranhos" para isso.


Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador / Psicanalista Auto-Didata.

                 PERSONALIDADE REATIVA COMPORTAMENTAL                                                                   Influência Pregressa em Respostas Emocionais

                



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