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sexta-feira, 14 de julho de 2017

DIVULGUE NAS ESCOLAS !


O QUE ME LEVA À BRIGAR ?


O primeiro fator que devemos considerar é que o ato de brigar, discutir, ofender, agredir, representa perda do controle da nossa vontade.  É como se o instrumento que usamos para agredir, de repente se voltasse contra nós, sem conseguirmos contê-lo, para não nos ferir.

Sempre que fazemos algo contra outrem, o fazemos contra nós mesmos. Isso porque não estamos fazendo (agredindo, ofendendo) por nossa própria vontade e sim, para proteger um medo que há dentro de nós.  Vivemos para proteger e alimentar nossos medos, todos nós temos um (ou vários).   Usamos de desculpas e argumentos táteis para ofender à outros, quando na verdade a verdadeira causa está dentro de nós.

Brigar, ofender, machucar, ferir e até matar (ainda que acidentalmente) representa baixa tolerância.  Sinal que estamos nos “explodindo” por muito pouco, o que pode representar perda do nosso auto controle diante de fatos até banais.  É como nos vender por pechincha.  O medo que nos controla, também nos impõe limites (muitos baixos) de suportar o que não aceitamos, levando-nos à explosões de raiva, de chôro, de desespero, com muita facilidade e com muita frequência.

Exposição (emocional) não é sinal de fraqueza, mas de vulnerabilidade emocional diante de situações, da qual não consegue compreender de imediato, pela falta de iniciativa de tentar entender para aceitar para resolver.  Vai requerer mais tempo, mais paciência, mas no fim você sairá lucrando, por não precisar se culpar por ter agredido ou ofendido ou não ser julgado por uma personalidade, que de fato você não tem.

Se nos deixarmos levar por assumir uma personalidade (fictícia) que acredita ter ou ser, a tendência é que irá mergulhar num mundo do qual dificilmente poderá voltar, pois irá cada vez mais, exercer o que acredita ser;  Primeiro por acreditar ser a resposta pra tudo, mais tarde por achar que já avançou tanto, que não tem mais volta.  Pra Deus, sempre há (Ezequiel 19-21).

O que faz parecer um problema ser grande é a forma de como o vejo e, esta forma está condicionada à minha habilidade em tentar entendê-lo, aceitá-lo, tratá-lo e resolvê-lo (ainda que seja adiá-lo.  Pelo menos terá enfrentado).  Quando me recuso de imediato à aceitar algo que não entendo, entrego o controle da minha vontade à uma parte “interna” de mim, que responderá (sem meu consentimento) da forma que julgar mais conveniente, manifestando o que de fato não sou.

Ninguém faz nada se não em razão de algo que o motive (inconscientemente).

Contenha o primeiro impulso, reflita, entenda e então decida.  Por certo a decisão será diferente e menos danosa, tento para si quanto para outrem.  Os que desejarem optar por afrontar, certamente ainda não compreenderam e estão se “vendendo” pela primeira “oferta”.

Ser forte é ser capaz de decidir quando é o momento certo de lutar (e pelos motivos certos).
 
Professor Amadeu Epifânio 
Pesquisador / Psicanalista Auto-Didata

              

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