...QUE TEMOS A RESPOSTA.
Somos mera manifestação do nosso inconsciente, cuja a ordem que nos
“manipular” é dada em razão do conteúdo (e qualidade aritmética) do que nós
mesmo assimilamos ao longo da vida.
Nosso inconsciente é administrado por nada menos que dois personagens,
que são, o Ego (administrador racional e prioritário no fornecimento de
respostas e de ações) e o Id (administrador imaturo, responsável por nossos
impulsos, com idade mental aproximada de três anos de idade).
Contudo, temos algum controle sobre basicamente o Ego, responsável
por controlar as atitudes impulsivas do Id.
Porém, este controle não é direto, mas indireto, ou seja, não se manda
diretamente que o ego me envie as respostas que eu desejo em dado momento, mas,
que eu forneça, antes, o que eu gostaria de ter como resposta em cada
circunstância da vida.
Fazendo uma analogia, se eu contrato um pedreiro para que levante
uma parede, não posso simplesmente mandá-lo trabalhar, se não lhe forneço o
material necessário para o trabalho contratado.
Basta apenas que eu lhe forneça o material (e de “boa qualidade”) e deixar que ele se
encarregue do que precisa ser feito. Da
mesma forma as decisões ou atitudes que preciso tomar. Se tomo uma atitude irracional para o
momento, significa que o ego não teve o necessário, para que me fizesse tomar
uma atitude mais adequada e apropriada ao momento.
Não podemos considerar que somos dono absoluto de nossas
ações. Isso é totalmente utópico. Porém,
temos a opção de escolher o tipo de conhecimento que desejamos fazer uso, em
momento oportuno da vida. Essa opção nos
é dada através do que conhecemos por livre
arbítrio. Mesmo o inconsciente
valendo-se do meu corpo para agir, a forma de como ele agirá, me cabe responder
por ela (até criminalmente se necessário) se, minha ação resultar em óbito de
outrem.
Nossa forma de educar os filhos também não pode ser direta, ou
seja, ordenar que os filhos obedeçam e que sejam educados. Mais do que palavras, são gestos que contam
e, de nada adianta ouvirem se não verem o que estão sendo aconselhados à ser e
fazer. Quando nos tornamos exemplo,
incorporamos neles o conteúdo que eles farão uso, sempre que necessário. Valores também são primordiais, como
respeito aos pais, ao próximo, aos animais. Também solidariedade, caridade,
religião, fé, Deus, afeto, cordialidade, etc.
Tudo isso será como sistema operacional, ou seja, agir em razão de algo
que valha à pena ser, defender e lutar.
Uma vez inserido em nosso acervo, dificilmente será apagado e será
sempre levado em conta.
Somos menos do que imaginávamos e, tudo que temos controle, serve
apenas para dar direção ao caminho que verdadeiramente queremos seguir. Podemos no máximo posicionar a vela, mas
ainda dependeremos do vento, que sobre o qual não mandamos nem controlamos. Utopicamente acreditamos estar seguindo um caminho
perfeito, mas de fato não compete à nós decidir se realmente o é, se centrado
nos preceitos que rege a boa convivência entre as pessoas. Se não for (e ainda que perfeita), não se
sustentará, não terá nenhum valor, nessa vida e principalmente para a próxima.
O tempo se esgota e à cada dia as chances e oportunidades de
fazermos o que é esperado por Deus, ficam mais restritas e escassos. Desperdiçá-las aqui pode representar um
desperdício de vida para onde vamos e lá, seremos tudo que acreditamos ser, enquanto
aqui estivemos. Se acredita em inferno,
considere-o como sendo neste mundo, porque no próximo, de alguma forma,
encontraremos formas de nos reconciliarmos com nossa essência e com Deus.
O mesmo princípio adotado aqui (sobre sermos marionetes de nós mesmos),
pode ser adotado com relação à nossos problemas psicológicos, bem como, com
nossos transtornos, pois, estamos dando demasiada antenção ao problema, sem
contudo darmos conta de que nosso ego está sem subsídios para trabalhar em
nosso favor, para minimizar os efeitos negativos, causados pelos sintomas
correspondentes. Enquanto submetido aos
efeitos dos mesmos, significa estar sob a jurisdição do inconciente Id, isto é,
sob as emoções sentidas à época em que vivenciou o evento, que se transformaria
mais tarde, no transtorno correspondente.
Os efeitos parecem fortes porque no inconsciente o tempo não existe,
fazendo parecer que tudo ocorreu dias atrás, apenas.
Para lidar com esses sintomas, é preciso deixar o Ego trabalhar por
você, mas dando à ele subsídios para que possa fazê-lo. Existe uma série de coisas que pode servir de
contra peso, para o ego lhe ajudar.
Entre elas estão: Trabalhar valores (família, irmãos, avós, amigos) – Auto-Estima -
Autoconfiança – Religiosidade – Deus – Leitura - Pesquisas – Atividades -
Viagem – Trabalho – Estudos – participar de Congressos – Palestras – Exposições
– Museus, enfim, ganhar conhecimento. Não importa como usará o que obter,
isso ficará à cargo do Ego, apenas adquira mais conhecimento, experiências positivas,
lembranças que valem à pena recordar.
Estou entregando à vocês (sem falsa modéstia), o manual do ser
humano, que esquecemos quando viemos à este mundo. Agora, antes tarde do que nunca, ainda há
tempo de termos a vida (certa) que sempre desejamos. Use o que pensa ter controle de si mesmo,
para o que for realmente utizável de forma correta, pois que, do contrário,
estaremos vagando feito carangueijo nessa terra, sem poder contemplar dos
prazeres de uma vida familiar, do convívio dos filhos e com Deus. Saiba que tudo que possa ter dado errado na
vida, foi porque não soubermos levar do jeito certo, por achar que tinhamos a
certeza de que estávamos certos. Agora
sabemos onde erramos e melhor, sabemos como e por onde consertar. Não perca mais tempo, achando que somente os
outros estão errados.
Não se imagine ser
tanto, se é na humildade
que colhemos os melhores “frutos”.
que colhemos os melhores “frutos”.
Professor Amadeu Epifânio
Pesquisador/Psicanalista
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