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sábado, 20 de janeiro de 2018

SOFREMOS POR DESCONHECER...

...QUE TEMOS A RESPOSTA.

Somos mera manifestação do nosso inconsciente, cuja a ordem que nos “manipular” é dada em razão do conteúdo (e qualidade aritmética) do que nós mesmo assimilamos ao longo da vida.  Nosso inconsciente é administrado por nada menos que dois personagens, que são, o Ego (administrador racional e prioritário no fornecimento de respostas e de ações) e o Id (administrador imaturo, responsável por nossos impulsos, com idade mental aproximada de três anos de idade). 

Contudo, temos algum controle sobre basicamente o Ego, responsável por controlar as atitudes impulsivas do Id.  Porém, este controle não é direto, mas indireto, ou seja, não se manda diretamente que o ego me envie as respostas que eu desejo em dado momento, mas, que eu forneça, antes, o que eu gostaria de ter como resposta em cada circunstância da vida.

Fazendo uma analogia, se eu contrato um pedreiro para que levante uma parede, não posso simplesmente mandá-lo trabalhar, se não lhe forneço o material necessário para o trabalho contratado.  Basta apenas que eu lhe forneça o material (e  de “boa qualidade”) e deixar que ele se encarregue do que precisa ser feito.   Da mesma forma as decisões ou atitudes que preciso tomar.  Se tomo uma atitude irracional para o momento, significa que o ego não teve o necessário, para que me fizesse tomar uma atitude mais adequada e apropriada ao momento.

Não podemos considerar que somos dono absoluto de nossas ações.  Isso é totalmente utópico. Porém, temos a opção de escolher o tipo de conhecimento que desejamos fazer uso, em momento oportuno da vida.  Essa opção nos é dada através do que conhecemos por livre arbítrio.   Mesmo o inconsciente valendo-se do meu corpo para agir, a forma de como ele agirá, me cabe responder por ela (até criminalmente se necessário) se, minha ação resultar em óbito de outrem.

Nossa forma de educar os filhos também não pode ser direta, ou seja, ordenar que os filhos obedeçam e que sejam educados.  Mais do que palavras, são gestos que contam e, de nada adianta ouvirem se não verem o que estão sendo aconselhados à ser e fazer.   Quando nos tornamos exemplo, incorporamos neles o conteúdo que eles farão uso, sempre que necessário.    Valores também são primordiais, como respeito aos pais, ao próximo, aos animais. Também solidariedade, caridade, religião, fé, Deus, afeto, cordialidade, etc.  Tudo isso será como sistema operacional, ou seja, agir em razão de algo que valha à pena ser, defender e lutar.  Uma vez inserido em nosso acervo, dificilmente será apagado e será sempre levado em conta.

Somos menos do que imaginávamos e, tudo que temos controle, serve apenas para dar direção ao caminho que verdadeiramente queremos seguir.  Podemos no máximo posicionar a vela, mas ainda dependeremos do vento, que sobre o qual não mandamos nem controlamos.  Utopicamente acreditamos estar seguindo um caminho perfeito, mas de fato não compete à nós decidir se realmente o é, se centrado nos preceitos que rege a boa convivência entre as pessoas.  Se não for (e ainda que perfeita), não se sustentará, não terá nenhum valor, nessa vida e principalmente para a próxima.

O tempo se esgota e à cada dia as chances e oportunidades de fazermos o que é esperado por Deus, ficam mais restritas e escassos.  Desperdiçá-las aqui pode representar um desperdício de vida para onde vamos e lá, seremos tudo que acreditamos ser, enquanto aqui estivemos.  Se acredita em inferno, considere-o como sendo neste mundo, porque no próximo, de alguma forma, encontraremos formas de nos reconciliarmos com nossa essência e com Deus.

O mesmo princípio adotado aqui (sobre sermos marionetes de nós mesmos), pode ser adotado com relação à nossos problemas psicológicos, bem como, com nossos transtornos, pois, estamos dando demasiada antenção ao problema, sem contudo darmos conta de que nosso ego está sem subsídios para trabalhar em nosso favor, para minimizar os efeitos negativos, causados pelos sintomas correspondentes.   Enquanto submetido aos efeitos dos mesmos, significa estar sob a jurisdição do inconciente Id, isto é, sob as emoções sentidas à época em que vivenciou o evento, que se transformaria mais tarde, no transtorno correspondente.  Os efeitos parecem fortes porque no inconsciente o tempo não existe, fazendo parecer que tudo ocorreu dias atrás, apenas.

Para lidar com esses sintomas, é preciso deixar o Ego trabalhar por você, mas dando à ele subsídios para que possa fazê-lo.  Existe uma série de coisas que pode servir de contra peso, para o ego lhe ajudar.  Entre elas estão: Trabalhar valores (família, irmãos, avós, amigos) – Auto-Estima - Autoconfiança – Religiosidade – Deus – Leitura - Pesquisas – Atividades - Viagem – Trabalho – Estudos – participar de Congressos – Palestras – Exposições – Museus, enfim, ganhar conhecimento.   Não importa como usará o que obter, isso ficará à cargo do Ego, apenas adquira mais conhecimento, experiências positivas, lembranças que valem à pena recordar. 

Estou entregando à vocês (sem falsa modéstia), o manual do ser humano, que esquecemos quando viemos à este mundo.  Agora, antes tarde do que nunca, ainda há tempo de termos a vida (certa) que sempre desejamos.  Use o que pensa ter controle de si mesmo, para o que for realmente utizável de forma correta, pois que, do contrário, estaremos vagando feito carangueijo nessa terra, sem poder contemplar dos prazeres de uma vida familiar, do convívio dos filhos e com Deus.  Saiba que tudo que possa ter dado errado na vida, foi porque não soubermos levar do jeito certo, por achar que tinhamos a certeza de que estávamos certos.  Agora sabemos onde erramos e melhor, sabemos como e por onde consertar.  Não perca mais tempo, achando que somente os outros estão errados.

Não se imagine ser tanto, se é na humildade 
que colhemos os melhores “frutos”.


  
    Professor Amadeu Epifânio
    Pesquisador/Psicanalista








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