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quarta-feira, 7 de março de 2018

DESPERSONALIZAÇÃO



O que estou sentindo e porque ?



Pessoal, todo transtorno é de natureza psicológica, retratando eventos que ocorreram em algum momento entre a gestação (formada) até os 3 anos de idade.   Para melhor compreender o sintoma de despersonalização, devemos nos focar na fase infantil e decifrá-lo. Outra característica do transtorno é que não tenhamos a menor noção ou lembrança do que ocorreu pois, se tivéssemos tal lembrança, por certo não teríamos um transtorno.

Despersonalização retrata momentos de ausência de lucidez ou de auto controle sobre si mesmo (bem como do corpo ou de alguns membros). Uma das fases onde essa sensação é mais provável ter ocorrido, seria durante a gestação. É possível que algum tipo de medicação mais forte ou doses diferentes do habitual, possa causar no feto, algumas sensações diferentes ou estranhas do seu habitual. Algum tipo de droga, como morfina, usada para atenuar uma dor forte, também é possível, poder gerar essa sensação no feto.  Outras drogas também não estão descartadas.

Uma coisa crucial é pensar no feto, como feto e não tentar entendê-lo na visão de adulto. Considerando-o na sua fragilidade e também, vulnerabilidade, qualquer circunstância, que ultrapassa suas condições normais de tolerância, pode lhe causar desconfortos de qualquer natureza ou até sofrimento, conforme o caso. 

Crises são somatório de circunstâncias que geraram o transtorno.  Mas também são mensagens criptografadas, que nos obriga à entendê-lo, ao invés de somente sofrê-los.  Crises são como sonhos desejando serem interpretados (pois essa é a principal razão de sua existência).  

Todo portador passa à ter duas opções, no momento em que descobre que tem um transtorno, ou trata e faz de tudo para que o tratamento o favoreça com o bem estar desejado ou, que se ocupe do transtorno para estudá-lo à fundo e descobrir formas de com ele poder conviver, até conseguir desprezar os sintomas, depois as crises e por fim, fazer extinguir automaticamente o seu transtorno.

Em qualquer das opções exigirá uma coisa chamada determinação e só não será mais necessário, quando conseguir atingir um dos objetivos, uma das duas opções.  Pode tentar primeiro, a primeira opção, para usá-la de degrau para ir para a segunda opção.   Se optar apenas pela primeira, terá de saber cobrar do médico e terapeuta, a competência que ambos juraram defender e praticar na colação de grau, com todo seu entendimento. (que aprenderam durante anos).

Lembrem-se, nada acontece por acaso, crises e sintomas não acontece sem nenhuma razão, eles se comunicam conosco, avisando que existe uma pendência psicoemocional que ficou parada no tempo, à espera de solução. Apenas pensando nisso, já é uma forma de não sofrer por nada e sim, de buscar sua condição psicoemocional presente, sabendo que há uma razão pra existir e, é justamente aí que está o trampolim para conseguir o objetivo da segunda opção.

Tudo é possível para Deus, somos imagem é semelhança Dele, o que implica dizer que temos o mesmo poder para operar em nós o milagre necessário. Não duvide.


Professor Amadeu Epiânio
Pesquisador/Psicanalista

               




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